terça-feira, 31 de março de 2020

OPINIÃO DO AYLTON NUNES

ECOS DO ALARMISMO.

Uma manicure que não pode exercer sua profissão, pois o salão onde trabalha tá fechado, mandou pelo seu filho, pedir 30 reais "emprestado" a uma cliente pois não tinha ontem nada pra comer.
Hoje uma diarista foi dispensada de fazer uma faxina (que já faz há anos) num apartamento de uma senhora que está problematizada com as notícias contraditórias sobre o coronavírus. Que agora é covid-19.
Imaginem o que estão passando neste momento, os vendedores de quebra queixos, picolés caicó, água de coco, acarajé, macaxeira, amendoins e tantos outros que, como ambulantes, levavam a alimentação pra suas famílias.
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Enquanto isso...
No recesso de seus lares milhares de pessoas de boas posses ficam se intrigando (nas redes sociais) entre o Vertical e o Horizontal. E os políticos se digladiando pra ver quem ganha o título de melhor personagem nessa briga que TODOS PERDEM.
Políticos de MERDA. De um lado e do outro. Pra mim nenhum presta. Só querem tirar vantagem.
E como !
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E há pouco vi um adorador do caos jogando confetes nos "jornalistas" Leandro Fortes, Luis Nassif e outros arautos do lulismo que ganharam rios de dinheiro da dupla Lula/]Dilma e que agora, que a fonte secou, "profetizam" a queda do Bolso.
Pra alegria do Pimenta, Ciromaluco, a Amante, Umcerto Bosta, do saltitante senadorzinho e de seus medíocres seguidores da jornada do quanto pior, melhor.

OPINIÃO DO MARCO FELÍCIO

ESTÃO MASSACRANDO BOLSONARO AFIRMANDO QUE PASSA VERGONHA, PERANTE O MUNDO, POR TER EDITADO NOTA, ASSINADA PELO DIRETOR DA OMS, UM LIDER MUNDIAL, E DISSO SE APROVEITADO.
SÃO UNS HIPÓCRITAS, POIS, NÃO SABEM O QUE FALAM.
O QUE DIZEM SER UM LIDER MUNDIAL NÃO PASSA DE UM EX-ATIVISTA COMUNISTA, PARTÍCIPE DE CRUENTA DITADURA NA ETIÓPIA, COMO MINISTRO.
É ACUSADO DE NÃO RESPEITAR OS DIREITOS HUMANOS DURANTE TAL DITADURA.
A OMS NÃO PASSA DE UMA AGÊNCIA POLITICA E NADA CUIDA DE CIÊNCIA.
O SEU DIRETOR, CITADO ACIMA, NÃO É MÉDICO E É ACUSADO DE TER SIDO INCOMPETENTE EM SITUAÇÕES SEMELHANTES NA ÁFRICA, COMO DURANTE AS MORTES POR EBOLA.
FOI LÁ COLOCADO, COMO DIRETOR, INDICADO PELO PC CHINÊS.
AO INÍCIO DESTA PANDEMIA AJUDOU A CHINA A ESCONDER O QUE SE PASSAVA.
E AQUI OS IDIOTAS, QUE MASSACRAM BOLSONARO, ENDEUSAM TAL ORGANIZAÇÃO E TAL DIRETOR, LIDER MUNDIAL??, QUE QUEREM IMPOR REGRAS AO NOSSO PAÍS .

FIQUE EM CASA - JÁ SE PASSARM 13 DIAS - O PIQUE É NO MÊS DE ABRIL.


Coronavírus: Turismo de Alagoas terá prejuízo de R$ 1,5 bilhão em 2020 -GAZETAWEB


Dados levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas  (ABIH-AL) e o Maceió Convention & Visitors Bureau (MV&VB) mostram uma perda de R$ 1,5 bilhão nos próximos nove meses, devido à taxa de 90% de paralisação das hospedagens e atividades turísticas no estado. Foram levados em conta a ocupação média anual, oferta de leitos e despesa média por turista, que, juntos, devem anular a geração de receita nos meses de abril, maio e junho.
Segundo o levantamento, o prejuízo sem precedentes considera a perda total de uma ocupação média de 70% no segundo trimestre e de metade dessa ocupação no terceiro, em uma oferta de, aproximadamente, 40 mil leitos, que inclui hotéis, pousadas, segundas residências e imóveis de locação destinados ao turismo, além de um gasto de R$ 350 por turista ao dia. 
A análise, para o presidente do MC&VB, Glênio Cedrim, pode resultar em uma previsão ainda pior, já que o cenário é nebuloso. "Além de não haver previsão para que tudo se normalize, o nosso produto é totalmente perecível. Ou seja, o que deixamos de vender não estocaremos nem produziremos mais tarde e, sendo assim, nosso prejuízo será bem maior do que o calculado. Em abril, maio e junho devemos perder toda a ocupação prevista, enquanto, em julho, agosto e setembro, haverá uma redução de, no mínimo, 50%. Mesmo no quarto trimestre, ainda perderemos cerca de 25% da ocupação", relata o presidente do MC&VB, Glênio Cedrim.
Diante da situação do setor, responsável por gerar cerca de 160 mil empregos em mais de 50 cadeias produtivas interligadas no estado, a ABIH-AL aguarda um posicionamento do governo Federal com ações emergenciais específicas para a hotelaria. 
"Estamos em negociação com os governos municipais e estadual, que já começaram a aprovar algumas medidas econômicas em benefício dos empresários, e esperamos do governo Federal o comprometimento com um setor que movimenta bilhões por ano. Nossa preocupação é conseguir manter os postos de trabalho, precisamos de uma ajuda efetiva com a folha dos colaboradores", declarou o presidente da associação, André Santos.
De acordo com o empresário, a Medida Provisória anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no último dia 16, não representa uma solução para a hotelaria, o segmento mais afetado do turismo. Isto porque o entendimento do trade turístico alagoano e brasileiro é de que não se trata de um prejuízo imediato, mas da desarticulação de toda a cadeia turística com riscos de prejuízos permanentes para o país.
A hotelaria em Alagoas gera cerca de 7,5 mil empregos diretos no estado, entre associados e não associados à ABIH-AL. Com a necessidade de suspensão das atividades dos meios de hospedagem, as empresas, em parceria com os sindicatos, já anunciaram férias coletivas para os colaboradores. "É natural que, em uma situação como essa, haja demissões, e isso já começou a acontecer de forma pontual. Com o passar do tempo e a recuperação gradativa do setor, estes postos devem voltar", alertou.
A recomendação da associação é que os meios de hospedagem paralisem suas atividades a partir desta quarta (1º). A decisão leva em conta as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e medidas preventivas dos decretos governamentais, além da redução de cerca de 90% das operações aéreas no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares.

ATENÇÃO AMIGOS: A GRANDE FESTA DO CENTENÁRIO DA AVENIDA DA PAZ NO CORETO DA AVENIDA QUE SERIA EM MAIO PRÓXIMO FOI ADIADA PARA SETEMBRO OU OUTUBRO, QUANDO EU APROVEITAREI A FESTA PARA COMEMORAR MEUS 80 ANOS. ESSE CORETO FAZ PARTE DE MINHA INFÂNCIA, FAZ PARTE DOE MINHAS 8 DÉCADAS.


CHARGE SPONHOLZ


CHARGE SPONHOLZ


OPINIÃO DO GENERAL VILLAS BOAS





domingo, 29 de março de 2020

OPINIÃO DO PUGGINA

PERCIVAL PUGGINA


O MISTÉRIO CHINÊS

Durante muitos séculos, embrenhar-se na direção do Oriente era, para os europeus, uma aventura cercada de tantos temores quanto lançar-se ao Oceano Atlântico no prelúdio das Grandes Navegações. Fantasias, lendas, superstições. Caberia a Marco Polo, no último quarto do século XIII promover, meio a contragosto das autoridades venezianas, a aproximação com o gigantesco país asiático.
Imensa maioria dos leitores destas linhas ainda não era nascida quando a China, em 1949, após longa guerra civil, mergulhou na escuridão, tomada pelas mãos tirânicas de Mao Tsé-Tung (ou Zedong) e do Partido Comunista Chinês. A partir de 1976, com a morte de Mao, o regime girou para uma economia capitalista, sem que o partido abrisse mão da condução totalitária do país. Isso permite, a qualquer juízo prudente, identificar a China como um Estado nacional perigoso. Dele não se esperam virtudes, nem valores de nosso apreço. É bom vender para eles, é bom comprar deles, mas evitem-se as más companhias. O comunismo chinês, embora “podre de rico”, não é menos apaixonado pelo poder, nem menos genocida do que os demais experimentos análogos. Apenas é mais esperto e errou menos, dentro do grande erro que é o comunismo. Hoje transmite sua experiência para o Vietnã e para Cuba: Partido Comunista como partido único, capitalismo e ditadura.
Por isso, não é demasiado lembrar os séculos durante os quais o Oriente, envolto em mistério, suscitava temores. Nada a ver com os muitos povos que compõem a população chinesa, mas tudo a ver com o poder político local e o poder financeiro internacionalmente exercido pelo regime que controla o país.
Se o capitalismo fez bem à economia e vai tirando da pobreza centenas de milhões de chineses, a ditadura do PCC ainda não ouviu falar em liberdade de opinião e transparência das instituições. Ao contrário, divulgar o surgimento do coronavírus transformou num inferno a vida do Dr. Li Wenliang.
Não têm a menor credibilidade os números que o governo chinês divulga sobre os efeitos do novo vírus em sua população. O que há algumas semanas era identificado como teoria da conspiração hoje quase dá para autenticar em cartório. Enquanto os disparates estatísticos chineses berram aos nossos ouvidos e sob nossos olhos, a imprensa brasileira não lhes dedica uma notinha de três linhas e só falam no “grande parceiro comercial do Brasil”. Ou seja, é tudo business? Mas quando Bolsonaro expressa sua angústia com a paralisia das atividades é acusado de estar preocupado com a economia e não com as vidas humanas. E eu devo dormir com um barulho desses?
Ontem (27/03), aqui em Porto Alegre, numa imensa carreata com mais de cinco quilômetros, empresários, autônomos, comerciantes e prestadores de serviços clamavam pela reabertura de seus negócios. Eram pessoas responsáveis, chefes de família, com idosos de sua afeição, unidas para a defesa do direito de proverem seu sustento. Também ontem, João Dória, “o rebelde” almofadinha, a mais estampada antítese de Bolsonaro, novo queridinho da mídia nacional, após armar um circo contra o presidente da República, conclamou a poderosa indústria paulista a se manter ativa. Business!
A grande imprensa brasileira assumiu-se com partido político de oposição. Dedica-se exclusivamente a criticar o governo, exigindo que ele faça tudo para todos. E que faça já. É a coisa mais parecida com o PT que já se criou no Brasil.

quinta-feira, 26 de março de 2020

MARINA FLÔR, A MUSA DO FLUMINENSE, EM QUERENTENA, ESPERANDO O RETORNO DO CAMPEONATO CARIOCA.


OPINIÃO DO GUZZO.

J.R.GUZZO


TRAGÉDIA

É uma tragédia que o Brasil, justo quando está sob o ataque da epidemia de propagação mais rápida dos tempos modernos, tenha jogado a ciência no lixo para discutir o presidente Jair Bolsonaro. Não apenas a ciência foi abandonada em favor da disputa política. Junto com o conhecimento, foram declaradas questões de interesse secundário, ou nem isso, a lógica, a busca de uma real eficácia no combate público à doença, o respeito aos interesses da maioria e a noção de que os governos existem para servir, e não para tirar vantagens das horas de desgraça. Os seres humanos, e eles são mais de 200 milhões, foram esquecidos.
As pessoas com responsabilidades a cumprir nessa crise, pelos cargos que ocupam nos governos ou em áreas onde se decide alguma coisa, não estão jogando no mesmo lado. Uma parte se dedica honestamente, se sacrifica e se arrisca para saber mais e cuidar melhor do combate ao coronavírus. Outra parte é apenas inconsciente, ou estúpida: dedica-se compulsivamente a copiar o que fez o vizinho, não quer estudar nada e acha que deve proibir o máximo das atividades humanas, na crença de manada que é isso – o isolamento, a quarentena e a proibição do contato entre as pessoas – que a maioria da população quer no momento. A parte que sobra é a dos que querem tirar vantagem da calamidade.
O Brasil não é um país unido na guerra contra um inimigo comum. É um país dividido em facções – e quando essas coisas acontecem uma das primeiras vítimas é a liberdade de pensamento. Há uma interdição rancorosa às ideias divergentes, às dúvidas e às propostas que não sejam as suas. É o que está acontecendo hoje. Há uma verdade só, o confinamento máximo, e quem discordar – ou meramente sugerir uma abordagem diferente – passa a ser tido como um inimigo público. Tudo se reduz a uma pergunta: você é contra ou a favor do que o presidente Bolsonaro está dizendo? O resto não interessa.
O que o presidente acha ou não acha não vai fazer diferença nenhuma. E se ele parar de falar do assunto pelos próximos 90 dias – por acaso o vírus irá embora? Ou, ao contrário, vai ficar mais agressivo? O que vai decidir as coisas é o acerto, maior ou menor, das medidas todas em defesa dos reais interesses do público. Está cada vez mais óbvio, em cada vez mais países, qual é a prioridade suprema do momento: conseguir combinar a volta da normalidade na produção e nas relações humanas com o máximo de segurança para a saúde pública. Quem está realmente trabalhando para isso no Brasil?

FESTIVAL DE BESTEIRA QUE ASSOLA O PAÍS.


OPINIÃO DO ALEXANDRE GARCIA

A SAÚVA DO BRASIL

Há 200 anos, o naturalista francês Auguste de Saint Hilaire, que percorreu o Brasil por seis anos, advertiu: “Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”. Nesses tempos de recolhimento que nos fazem pensar, a advertência continua atual. A formiga já está sob controle, mas há muitas saúvas que insistem em acabar com o país, ainda que depois da devastação, nada mais tenham para se sustentar. Entre elas está a saúva do masoquismo. Não precisamos sofrer para pagarmos nossos pecados e ganhar a vida eterna. Se ficarmos à mercê dos arautos do medo, seremos presa dessa saúva. Intimida e reina.
Nessa virose, aplaudimos enterros e corruptos e ignoramos heróis. Amyr Klink atravessou remando sozinho o Atlântico Sul, da Namibia à Bahia, que não lhe caiu um único pedaço de papel picado nas grandes avenidas do país. A professora Helley Batista deu a vida salvando 25 crianças na creche de Janaúba há dois anos, mas é uma desconhecida na maioria das escolas brasileiras. Entregamos os impostos gerados pelo nosso trabalho aos que saqueavam nossas estatais e serviços públicos e não apenas ficamos calados, mas os reelegemos.
Agora o herói é o coronavírus. O Brasil está posto de joelhos diante dele. Virose, neurose, psicose, são apenas rimas e não são a solução. Estão sendo cautelosos os economistas que prevêem uma profunda recessão se continuarmos assim. Na verdade, o que estamos semeando se chama depressão. Sem produção não há arrecadação para custear a saúde e pagar o funcionalismo. Sem produção não se pagam impostos, nem credores, nem empregados. Sem caixa companhias aéreas não pagam combustível e não decolam. Sem dinheiro não se come. E dinheiro não cai do céu nem vem de graça como o vírus.
Municípios com zero coronavírus foram paralisados por prefeitos com neurose agravada pela proximidade da eleição municipal. Não há soluções simples. A Itália pôs todos em casa e os jovens levaram o vírus para os idosos acamados em domicílio. É preciso proteger os de saúde já debilitada, e considerar que o Brasil é um país continente.
O que é preciso fazer em São Paulo, não será preciso no Pará. O que é preciso fazer onde houver um único caso, não será necessário em lugar sem registro algum do vírus. Quase 30% da população da Itália são de idosos; a nossa maioria é de 85% de não-idosos. Europeus ainda fumam muito; nós estamos entre os países com menos fumantes, como menos gente de risco. Então, é preciso a cada dia avaliar a atividade do vírus e a atividade econômica. E dar a ambos a dose certa para preservar os brasileiros.

HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA


                                                OITENTÃO (4)


     
Meus 80 anos estão sendo comemorados constantemente. Por conta dessa idade magnífica, resolvi contar algumas histórias e fatos marcantes de minha vida. Peço desculpas aos leitores que gostam mais das histórias picantes. Prometo que depois dessa fase de memórias, retornarei com histórias cheias de sacanagem.
Inesquecível a entrada triunfal na Academia Militar das Agulhas Negras. Em frente ao Portão Monumental, estavam formados os novos cadetes vindo das mais diversas cidades do Brasil, de todas as classes sociais, de todas as cores raciais, de todas as religiões, tínhamos em comum a admissão na dificílima seleção intelectual e física para ingressar na AMAN. Éramos jovens orgulhosos em participar daquela solenidade caracterizada pela passagem dos novos cadetes pelo portão especial, ao lado da entrada principal, que só era aberto uma vez por ano e sempre pelo cadete mais novo da turma. Em 1959 teve a honra de ser “cadete claviculário” o mineiro, Cássio Rodrigues da Cunha, (tornou-se um dos mais brilhantes generais do Exército Brasileiro). Logo após a abertura, entramos marchando no asfalto em linha reta até o prédio da Academia. Naquele momento me sentia feliz e orgulhoso.
Fiquei deslumbrado com as instalações da Academia, uma das mais bonitas do mundo. A vida de cadete na AMAN era semelhante à da Escola Preparatória de Fortaleza. Alvorada às 6:00 da manhã, seguida de Educação Física. A novidade foi a equitação, eu nunca havia montado num cavalo, aprendi rápido e muitas vezes em fim de semana cavalgava pelo vale do Paraíba com colegas. O estudo era altamente organizado como em todas as Escolas Militares. No dia de prova o professor entregava as provas, saía da sala de aula, uma hora depois retornava recolhendo as provas. Ninguém colava. Era Código de Honra dos cadetes. O expediente terminava às 17:00 horas, tínhamos opção de assistir a um filme no cinema da AMAN ou dar uma volta na cidade de Resende ou estudar, eram matérias difíceis: Cálculo, Português, Balística, Psicologia, Economia, Geopolítica, Inglês, Física, Química, Pesquisa Científica, Filosofia, Instrução Militar específica, entre outras matérias.
Eu amava ler algum romance no bucólico bosque do riacho Lambari. Foi lá que um dia me contaram a história da construção da AMAN que se tornou lenda.
No início de 1943, tempo de II Guerra Mundial, a construção da AMAN foi paralisada por falta de verba; funcionava a velha Escola Militar do Realengo.
Naquela época uma das diversões dos cadetes era cavalgar nos dias de folga. Oito cadetes amigos costumavam montar nos fins de semana. Oito companheiros inseparáveis saíam sempre juntos, um ajudava ao outro nos estudos, nas dificuldades. Eram irmãos por opção. Em algumas noites costumavam sorrateiramente cavalgar até uma boate de mulheres que havia no subúrbio do Rio de Janeiro. Os oitos cadetes vestiam-se com pelerine (capa militar longa, azul marinho, sem mangas), botas e o quepe a Príncipe Danilo. O mulherio se assanhava quando eles apareciam. Faziam farras homéricas no cabaré. Diversão de alto risco. Se fossem apanhados pela Patrulha Militar pegariam cadeia ou até expulsão.
           Certa noite depois de dançar, deitar com as “namoradas” e farrear, os oito cadetes montaram nos cavalos escondidos no mato, em duplas galoparam pela estrada, retornando à Escola Militar de Realengo. Ao passar por uma rua deserta, por volta das 23 horas, perceberam numa esquina escura quatro homens assaltando, batendo num senhor, ele pedia clemência, que não lhe matassem. Os cadetes não precisaram combinar, puxaram as rédeas dos cavalos em disparada para o local do assalto, com destemor e perícia, desmontaram dos cavalos a galope, agarraram os bandidos. Dois cadetes socorreram o cidadão machucado de murros e pontapés, devia ter cerca de 60 anos, os outros prenderam os marginais. Entregaram os facínoras numa delegacia próxima, o velho ferido foi deixado num hospital, ao chegar à Escola deixaram os cavalos nas baias, foram dormir.
          Na segunda-feira durante a formatura matinal, o comandante da Escola Militar do Realengo pediu à tropa para que os cadetes que tinham salvado a vida de um cidadão se apresentassem; o filho desse senhor encontrava-se na Escola, queria agradecer pessoalmente. Receosos em pegar uma cadeia, os oito amigos não se revelaram. Depois de o comandante muito insistir e prometer de não haveria punição, os cadetes se apresentaram. Foram levados à presença do velho no hospital. Era nada mais nada menos que Henrique Lage, um dos homens mais ricos do Brasil, donos de empresas, inclusive o Loyd Nacional, companhia de navios que fazia a costa brasileira. O rico senhor agradeceu aos cadetes e perguntou qual a precisão de cada um, eles escolhessem o que quisessem: uma casa ou carro, ou o que fosse. Os oito amigos pediram para pensar. Reuniram-se, discutiram muito. No dia seguinte foram ao ricaço. Nada queriam para eles, pediam que ele ajudasse a terminar a construção da Academia Militar das Agulhas Negras que estava paralisada. O velho deu a ordem, mandou buscar o mais fino mármore de Carrara na Itália para o revestimento, mandou comprar todo o piso em granito, recomeçaram as obras da Academia por sua conta. Até hoje perdura a suntuosidade daquele belíssimo conjunto arquitetônico. A AMAN é considerada a mais bonita Academia Militar do mundo, graças à digna história dos oito cadetes, hoje anônimos militares reformados de nomes esquecidos, entretanto, o belo gesto, a coragem, o destemor e o amor à Escola, tornaram-se lenda.
A Academia foi base de minha aprendizagem, do meu saber e do amor ao Brasil ao longo desses 80 anos. A Academia ainda deu-me uma das maiores riquezas que conservo todo esse tempo: os colegas que entraram por aquele portão tornaram-se meus irmãos.


PARA PASSAR A QUARENTENA.

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1. A Divina Comédia -Dante Alighieri 2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare 3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa 4. Dom Casmurro -Machado de Assis 5. Cancioneiro -Fernando Pessoa 6. Romeu e Julieta -William Shakespeare 7. A Cartomante -Machado de Assis 8. Mensagem -Fernando Pessoa 9. A Carteira -Machado de Assis 10. A Megera Domada -William Shakespeare 11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare 12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare 13.. O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa 14. Do m Casmurro -Machado de Assis 15.. Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa 16. Poesias Inéditas -Fernando Pessoa 17. Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare 18. A Carta -Pero Vaz de Caminha 19. A Igreja do Diabo -Machado de Assis 20. Macbeth -William Shakespeare 21. Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago 22. A Tempestade -William Shakespeare 23. O pastor amoroso< /span> -Fernando Pessoa 24. A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós 25. Livro do Desassossego -Fernando Pessoa 26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha 27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa 28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare 29. A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde 30. Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare 31. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 32. A Mão e a Luva -Machado de Assis 33. Arte Poética -Aristóteles 34. Conto de Inverno -William Shakespeare 35. Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare 36. Antônio e Cleópatra -William Shakespeare 37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões 38. A Metamorfose -Franz Kafka 39. A Cartomante -Machado de Assis 40. Rei Lear -William Shakespeare 41. A Causa Secreta -M achado d e Assis 42. Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa 43. Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare 44. Júlio César -William Shakespeare 45. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente 46.. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 47. Cancioneiro -Fernando Pessoa 48. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional 49. A Ela -Machado de Assis 50. O Banqueiro Anarquista < /a> -Fernando Pessoa 51. Dom Casmurro -Machado de Assis 52. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho 53. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 54. Adão e Eva -Machado de Assis 55. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo 56. A Chinela Turca -Machado de Assis 57. As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare 58. Poemas Selecionados -Florbela Espanca 59. As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo 60. Iracema -José de Alencar 61. A Mão e a Luva -Machado de Assis 62. Ricardo III -William Shakespeare 63. O Alienista -Machado de Assis 64. Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa 65. A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne 66. A Carteira -Machado de Assis 67. Primeiro Fausto -Fernando Pessoa 68. Senhora -José de Alencar 69. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães 70. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 71. A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca 72. Sonetos -Luís Vaz de Camões 73. Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos 74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe 75. Iracema -José de Alencar 76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa 77. Os Maias -José Maria Eça de Queirós 78. O Guarani< /a> -Jos é de Alencar 79. A Mulher de Preto -Machado de Assis 80. A Desobediência Civil -Henry David Thoreau 81. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio 82. A Pianista -Machado de Assis 83. Poemas em Ingl& ecirc;s -Fernando Pessoa 84. A Igreja do Diabo -Machado de Assis 85. A Herança -Machado de Assis 86. A chave -Machado de Assis 87.. Eu -Augusto dos Anjos 88. As Primaveras -Casimiro de Abreu 89. A Desejada das Gentes -Machado de Assis 90. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa 91. Quincas Borba -Machado de Assis 92. A Segunda Vida -Machado de Assis 93. Os Sertões -Euclides da Cunha 94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 95. O Alienista -Machado de Assis 96. Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra 97. Medida Por Medida -Wi lliam Shakespeare 98. Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare 99. A Alma do Lázaro -José de Alencar 100. A Vida Eterna -Machado de Assis 101. A Causa Secreta -Machado de Assis 102. 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia 103. Divina Comedia -Dante Alighieri 104. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós 105. Coriolano -William Shakespeare 106. Astúcias de Marido -Machado de Assis 107. Senhora -José de Alencar 108. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente 109. Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo 110. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 111. A 'Não-me-toques' ! -Artur Azevedo 112. Os Maias -José Maria Eça de Queirós 113. Obras Seletas -Rui Barbosa 114. A Mão e a Luva -Machado de Assis 115. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco 116. Aurora sem Dia -Machado de Assis 117. Édipo-Rei -Sófocles 118. O Abolicionismo -Joaquim Nabuco 119. Pai Contra Mãe -Machado de Assis 120. O Cortiço -Alu&i acute;si o de Azevedo 121. Tito Andrônico -William Shakespeare 122. Adão e Eva -Machado de Assis 123. Os Sertões -Euclides da Cunha 124. Esaú e Jacó -Machado de Assis 125. Don Quixote -Miguel de Cervantes 126. Camões -Joaquim Nabuco 127. Antes que Cases -Machado de Assis 128. A melhor das noivas -Machado de Assis 129. Livro de Mágoas -Florbela Espanca 130. O Cortiço -Aluísio de Azevedo 131. A Relíquia -José Maria Eça de Queirós 132. Helena -Machado de Assis 133. Contos -José Maria Eça de Queirós 134. A Sereníssima Rep&uac ute;blica -Machado de Assis 135. Iliada -Homero 136. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco 137. A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco 138.. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões 139. Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage 140. Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa 141. Anedota Pecuniária -Machado de Assis 142. A Carne -Júlio Ribeiro 143. O Pri mo Bas&i acute;lio -José Maria Eça de Queirós 144. Don Quijote -Miguel de Cervantes
145. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne 146. A Semana -Machado de Assis 147. A viúva Sobral -Machado de Assis 148. A Princesa de Babilônia -Voltaire 149. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves 150. Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional 151. Papéis Avulsos -Machado de Assis 152. Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos 153. Cartas D'Am or -José Maria Eça de Queirós 154. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós 155. Anedota do Cabriolet -Machado de Assis 156. Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias 157. A Desejada das Gentes -Machado de Assis 158. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho 159. Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra 160. Almas Agradecidas -Machado de Assis
161. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós 162. Contos Fluminenses -Machado de Assis 163. Odisséia -Homero 164. Quincas Borba -Machado de Assis 165. A Mulher de Preto -Machado de Assis 166. Balas de Estalo -Machado de Assis 167. A Senhora do Galvão -Machado de Assis 168. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós 169. A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis 1 70. Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu 171. CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca 172. Cinco Minutos -José de Alencar 173. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida 174. Lucíola -José de Alencar 175.. A Parasita Azul -Machado de Assis 176. A Viuvinha -José de Alencar 177. Utopia -Thomas Morus 178. Missa do Galo -Machado de Assis 1 79. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves 180. História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero 181. Hamlet -William Shakespeare 182. A Ama-Seca -Artur Azevedo 183. O Espelho -Machado de Assis 184. Helena -Machado de Assis 185. As Academias de Sião

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