TIRO DE MISERICÓRDIA
RONALD MENDONÇA
MÉDICO E MEMBRO DA AAL
Esta semana, a Secretaria de Saúde do município de Maceió acionou o gatilho e deu o tiro de misericórdia na Clínica Psiquiátrica José Lopes de Mendonça. Recebemos um comunicado que as diárias iriam diminuir ainda mais.
Nunca tive a menor aproximação com a secretária de saúde do município. Isso me isenta de emitir qualquer juízo de valor pessoal. Eventuais comentários restringem-se à gestora. Com efeito, considero sua administração a antítese do escorreito.
Na verdade, o País de uma maneira geral está funcionando muito precariamente. Aliás, não poderia ser diferente, posto termos uma presidente eleita duas vezes com o dinheiro da corrução. Abro exceção para duas repartições: a Receita Federal e a Polícia Federal. (No estado de Alagoas, o Dr. Alfredo Gaspar está conseguindo reduzir brutalmente a criminalidade.)
Como queria dizer, a “Zé Lopes” funciona há quase 55 anos. Nossa secretária de saúde vai se imortalizar. Silvana Medeiros entrará para a história da Medicina de Alagoas devido a respeitável cabedal : conseguiu fechar a cinquentenária instituição em pouco menos de dois anos de gestão. Doravante, só os convênios e particulares.
Foi um massacre de algumas décadas. Deus é testemunha da nossa resistência. Seguidos prejuízos anos a fio não foram suficientes para capitularmos. Como mulher de bêbado, a gente tinha sempre a esperança de que um dia algo de bom iria acontecer. A furiosa onda contra os hospitais psiquiátricos, um dia, haveria de passar.
Colecionamos algumas vitórias pessoais. Relato sem ressentimentos ou tripúdio: ironia do destino, ativistas da “luta antimanicomial”, lamentavelmente, perderam o juízo e só queriam internar-se na “abominável Zé Lopes”. O que eu quero dizer é que a gestora municipal simplesmente apertou o gatilho e disparou na cabeça de um doente terminal. Já era para ter acontecido antes. Mas, por uma questão de justiça os louros irão para Silvana Medeiros.
Não saberia dizer se esse é o melhor momento Talvez seja, como um último pedido de um condenado (geralmente aceito): doutora, pague o que nos deve. A senhora não tem ideia de como nos faz falta cinco, dez mil reais.
A “luta antimanicomial” quase não irá comemorar. Estatisticamente, o fechamento da Zé rLopes para o Sus é insignificante. Afinal já existem cinquenta mil pacientes perambulando ao leu.
Nunca tive a menor aproximação com a secretária de saúde do município. Isso me isenta de emitir qualquer juízo de valor pessoal. Eventuais comentários restringem-se à gestora. Com efeito, considero sua administração a antítese do escorreito.
Na verdade, o País de uma maneira geral está funcionando muito precariamente. Aliás, não poderia ser diferente, posto termos uma presidente eleita duas vezes com o dinheiro da corrução. Abro exceção para duas repartições: a Receita Federal e a Polícia Federal. (No estado de Alagoas, o Dr. Alfredo Gaspar está conseguindo reduzir brutalmente a criminalidade.)
Como queria dizer, a “Zé Lopes” funciona há quase 55 anos. Nossa secretária de saúde vai se imortalizar. Silvana Medeiros entrará para a história da Medicina de Alagoas devido a respeitável cabedal : conseguiu fechar a cinquentenária instituição em pouco menos de dois anos de gestão. Doravante, só os convênios e particulares.
Foi um massacre de algumas décadas. Deus é testemunha da nossa resistência. Seguidos prejuízos anos a fio não foram suficientes para capitularmos. Como mulher de bêbado, a gente tinha sempre a esperança de que um dia algo de bom iria acontecer. A furiosa onda contra os hospitais psiquiátricos, um dia, haveria de passar.
Colecionamos algumas vitórias pessoais. Relato sem ressentimentos ou tripúdio: ironia do destino, ativistas da “luta antimanicomial”, lamentavelmente, perderam o juízo e só queriam internar-se na “abominável Zé Lopes”. O que eu quero dizer é que a gestora municipal simplesmente apertou o gatilho e disparou na cabeça de um doente terminal. Já era para ter acontecido antes. Mas, por uma questão de justiça os louros irão para Silvana Medeiros.
Não saberia dizer se esse é o melhor momento Talvez seja, como um último pedido de um condenado (geralmente aceito): doutora, pague o que nos deve. A senhora não tem ideia de como nos faz falta cinco, dez mil reais.
A “luta antimanicomial” quase não irá comemorar. Estatisticamente, o fechamento da Zé rLopes para o Sus é insignificante. Afinal já existem cinquenta mil pacientes perambulando ao leu.
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