sábado, 28 de junho de 2014

Cabo alega em depoimento que tiro que matou atriz em blitz foi acidental Moto pilotada pelo namorado da vítima furou blitz em Presidente Prudente. Atriz foi atingida no tórax por tiro de PM e morreu ao chegar no hospital. G1


Veículo foi abordado na Avenida Joaquim Constantino (Foto: Carolina Mescoloti/G1)Veículo foi abordado na Avenida Joaquim Constantino (Foto: Carolina Mescoloti/G1)
O policial que atirou contra uma motocicleta e atingiu a atriz e produtora cultural Luana Barbosa, de 25 anos, matando-a, alegou em depoimento à Polícia Militar que o disparo foi acidental, segundo o boletim de ocorrência. A vítima estava na garupa de uma moto que furou uma blitz na Avenida Joaquim Constantino, na manhã desta sexta-feira (27) em Presidente Prudente. O namorado disse que estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e por isso teria furado o bloqueio, ainda conforme o registro policial.
De acordo com o boletim de ocorrência, o motociclista Felipe Barros, de 29 anos, namorado de Luana, não obedeceu ao sinal de parada e jogou o veículo contra o policial Marcelo Coelho, que fazia a segurança da operação. Ainda segundo o registro, o capacete do motociclista bateu na mão do policial, ocasionando o disparo da arma. Barros, ainda de acordo com o boletim, seguiu com o veículo por cerca de 300 metros, quando percebeu que a atriz havia sido atingida e parou.
Luana estudou teatro em Curitiba (PR) e foi para Presidente Prudente quando terminou a faculdade (Foto: Reprodução/TV Fronteira)Luana estudou teatro em Curitiba (PR) e foi para
Presidente Prudente quando terminou a faculdade
(Foto: Reprodução/TV Fronteira)
Barros, em depoimento, assumiu que tentou passar pelo bloqueio, pois estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. Entretanto, negou que tenha jogado a moto contra o policial. O G1 tentou contato com ele pelo celular, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
A perícia esteve no local e apreendeu a arma. A cápsula da bala, também de acordo com o boletim de ocorrência, não foi ejetada do revólver, “permanecendo entre travada”, acrescenta o documento. Apesar do registro na Polícia Civil, o caso é apurado pela Polícia Militar, que abriu inquérito e tem 40 dias, prorrogáveis por mais 20, para finalizá-lo.
O caso
Luana, após ser atingida, foi encaminhada pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional de Presidente Prudente, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O caso aconteceu por volta das 9h30.
O policial trabalha na Polícia Militar há 23 anos e foi autuado em flagrante por homicídio culposo, em que não há intenção de matar, e encaminhado ao Presídio Romão Gomes, da Polícia Militar, em São Paulo.
Natural de Rancharia (SP), a atriz e produtora cultural morava em Presidente Prudente há cerca de cinco anos. De acordo com o amigo Thiago Munhoz, ela se formou em teatro em Curitiba (PR) e atuava como atriz e produtora cultural na Federação Prudentina de Teatro e Artes Integradas (FPTAI).
“Ela era pau para toda obra, era uma pessoa muito para frente. Quem escolhe viver de arte tem que ter coragem. E ela tinha isso”, disse o também integrante do grupo. De acordo com ele, ela fundou o grupo Os Mamatchas e atuava também com edição de vídeo, tento feito um videodocumentário sobre a Vila Brasil, onde funciona a federação.
Por luto, o grupo de artistas cancelou uma festa junina que seria realizada.
Blitz acontecia na Avenida Joaquim Constantino (Foto: Carolina Mescoloti/G1)Blitz acontecia na Avenida Joaquim Constantino (Foto: Carolina Mescoloti/G1)

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