terça-feira, 1 de novembro de 2016
FRAGMENTOS DA MEMÓRIA - RONALD MENDONÇA
Quando criança sonhava ser goleiro de um grande time. Era torcedor do Fluminense do RJ. Tinha grande admiração pelo goleiro Castilho. Ouvia os jogos pelo rádio e ficava esperando suas entrevistas após a refrega. Ele saia aborrecido quando levava um gol em que o atacante do time adversário fazia um gol em flagrante impedimento. O Fluzao tinha uma boa retaguarda com Jai Marinho, Pinheiro e Altair. O Telê era um ponta direita muito rápido e disciplinado. Voltava para ajudar a defesa. Com Zezé Moreira, chegou a se campeão. Geralmente vencia de 1X0 ou 2x1. Mas o campeonato carioca era uma pedreira. Havia um Dida no Flamengo e um Garrincha no Botafogo que desequilibravam as disputas. Foi uma época de grandes goleiros: Garcia Pompeia, Barbosa, Manga... Mas Carlos Castilho era o mais venerado. Tinha sido reserva de Barbosa, na fatídica Copa de 50. Zezé Moreira o fêz titular na mal-sucedida Copa de 1954. Já veterano foi reserva de Gilmar em 58 e 62, Copas que nos tornaram bicampeões mundiais. Fiquei só na vontade. Apesar de ter sido goleiro titular na várzea, uma miopia em um dos olhos acabou com os meus sonhos de ser um Castilho.
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