OS FRANCESES,
CRISTIANO E AS SEXTAS CLÁSICAS
Depois do Brasil ser descoberto por
Pedro Cabral, Portugal para melhor administrar a colonização, dividiu-o em
Capitanias Hereditárias, 13 faixas de terras doadas a nobres portugueses que
colonizariam e passariam a capitania para herdeiros. Uma das que sobressaíram
foi a de Pernambuco, desde o Rio São Francisco até Igarassu ao norte. O
donatário Duarte Coelho deu prioridade à colonização das cidades de Olinda e
Recife deixando a parte sul abandonada. Assim que piratas franceses perceberam,
desembarcaram na região por volta de 1540, danaram-se a contrabandear Pau
Brasil, abundante na Mata Atlântida da região, construíram um porto, deu nome a
Praia do Porto dos Franceses, depois Praia do Francês como é conhecida hoje
mundialmente por sua beleza. Os franceses não colonizaram, não construíram
casas queriam apenas o Pau Brasil, foi facilitado, dominaram os índios caetés
com presentes, miçangas, espelhos e pedraria, esses mesmos índios, anos depois
fizeram um banquete antropofágico com os tripulantes da comitiva do Bispo Dom
Pero Fernandes Sardinha naufragados nessa costa sul.
Só em 1596 os portugueses
iniciaram a colonização efetiva dessa região, expulsando os franceses,
construíram as primeiras casa na região de Taperaguá, deram o nome de Povoado Madalena
do Sumaúma, em 1632 foi elevado a vila com o bonito e vasto nome de Vila de
Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul. O povo foi simplificando chamando de
Alagoa do Sul, depois ficou apenas Alagoas. Quando a região se emancipou de
Pernambuco em 1817, a nova província tomou o nome de Alagoas com capital a
cidade de Alagoas. Em 1839 a capital foi transferida para Maceió. Para homenagear
o filho mais ilustre nascido na cidade, em 1939 a cidade de Alagoas tomou o
nome de Marechal Deodoro, como é conhecida oficialmente até hoje. Portanto com
queríamos demonstrar a cidade de Marechal Deodoro, é o berço da civilização
alagoana, tudo começou no bairro histórico de Taperaguá.
Em 2006 quando o compositor Gilberto
Gil era Ministro da Cultura, Marechal Deodoro foi tombada passou a ser
patrimônio histórico do Brasil. Em 2008 o jornalista Cristiano Matheus foi
eleito prefeito, iniciou uma administração transformadora. Hoje a cidade
histórica de Marechal Deodoro é considerada uma das mais bonitas do Brasil com
sua arquitetura colonial preservada, o Palácio Provincial, a Casa-Museu onde
nasceu o Marechal Deodoro, o Convento Franciscano de Santa Maria Madalena (390
anos) onde está instalado o Museu de Arte Sacra um dos mais bonitos do Brasil,
o Mercado das Mulheres Rendeiras, além de outros prédios históricos
significativos no Centro Histórico onde foi construída uma moderna e linda Orla
Laguna. Além da beleza cênica das lagoas, de lambuja as maravilhosas, encantadoras
Praia do Francês, Barra Nova, Praia do Saco e o Pólo Gastronômico da
Massagueira.
Uma outra forte característica cultural
da cidade de Marechal Deodoro é a música, aqueles índios caetés tocavam flauta,
talvez venha daí a musicalidade da região. São cinco Orquestras Filarmônicas,
duas Bandas de Pífanos, Chorinhos, Seresteiros de Marechal, além de músicos
como Nelson da Rabeca, saxofonista Seu Zezinho, aos 87 anos vive perambulando
tocando pela cidade. Por tudo isso a Prefeitura realiza o projeto SEXTAS
CLÁSSICAS na temporada de verão, consiste em concertos em frente ao Convento
todas as sextas feiras ao anoitecer. Em 2016, terceira edição do projeto, tem a
imperdível programação.
Dia 8 de janeiro - Concerto
Filarmônicas, Aconchego, Santa Cecília (105 anos) e o tenor Dhyda Lyra cantando
canções napolitanas.
Dia 15 de Janeiro-Concerto
Filarmônicas, Nossa Senhora da Boa Viagem, Carlos Gomes (100 anos) e Maestro
Max Carvalho com soprano Elvira Rebelo
Dia 22 de janeiro - Concerto
Filarmônica Manoel Alves de França. Concerto de Carnaval, Orquestra de Frevo W
& K. Serenata músicas antigas de
carnaval pelas ruas enladeiradas e estreitas do Centro Histórico, Seresteiros
de Marechal. IMPERDÍVEL. www.sextasclassicasemmarechal.blogspot.com
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