Se tu viesses ver-me hoje à tardinha A essa hora dos mágicos cansaços, Quando a noite de manso se avizinha, E me prendesses toda nos teus barcos... Quando me lembra: esse sabor que tinha A tua boca... o eco dos teus passos... O teu riso de fonte... os teus abraços... Os teus beijos... a tua mão na minha... Se tu viesses quando, linda e louca, Traça as linhas dulcíssimas dum beijo E é de seda vermelha e canta e ri E é como um cravo ao sol a minha boca... Quando os olhos se me cerram de desejo... E os meus braços se estendem para ti... |
quinta-feira, 30 de abril de 2015
UM POEMA DE Florbela Espanca (POETISA PORTUGUESA)
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