terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

DEU NO JORNAL DA BESTA FUBANA

A TENSÃO ENTRE FACÇÕES QUADRILHEIRAS NÃO VAI DURAR



A tensão decorrente das investigações e do julgamento do esquema de corrupção na Petrobras colocou em trincheiras opostas as duas mais importantes lideranças históricas do PT: Lula e seu ex-ministro José Dirceu.
Tão logo os delatores do petrolão disseram que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque recolhia propina para o partido, Dirceu, o padrinho político de Duque, ligou para o Instituto Lula e pediu uma conversa com o ex-presidente. O objetivo era se dizer à disposição para ajudar os companheiros a rebater as acusações e azeitar a estratégia de defesa.
Conhecido por deixar soldados feridos pelo caminho, Lula não ligou de volta. Em vez disso, mandou Paulo Okamotto, seu fiel escudeiro, telefonar para Dirceu. Assim foi feito. “Do que você está precisando, Zé?”, questionou Okamotto. Dirceu interpretou a pergunta como uma tentativa do interlocutor de mercadejar o seu silêncio.
À mágoa com Lula, que o teria abandonado durante o ano em que passou na cadeia, Dirceu acrescentou pitadas de ira: “Você acha que vou ligar para pedir alguma coisa? Vocês me abandonaram há tempos”, respondeu. E fim de papo.
* * *
Tenho certeza que esta mágoa do presidiário Zé Dirceu com Lula é passageira.
Ela só vai durar até o momento em que Zé ler o texto do colunista fubânico Goiano, publicado hoje no JBF, com um suspirante apelo pra que ele, Zé, dê um retorno pro nosso esforçado e esperançoso colaborador.
Eu acredito piamente que Zé vai desmentir todas as notícias que tentam intrigá-lo com Lula.
E vai desmentir, principalmente, que tenha ameaçado denunciar Lula se voltar a ser preso, desta vez por conta do Petrolão.
Tenho uma fé inquebrantável na lisura, na ética, na ombridade e no companheirismo desta ilustre parelha banânica.
SOMBRAS
Sombras e trevas: a moldura ideal para dois chefes de facções em guerra

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