A loja de CD Baby Discos há mais de 30 anos no ramo. Localizada na Rua Moreira Lima 592 está fechando as portas. A proprietária Sra. Quitéria resistiu até hoje. Mas chega um momento que não da mais para continuar com vendas de CD. Ela culpa em parte o governo em todos os níveis que não combate a proibição da pirataria. Que circula em toda cidade em carros ambulantes e em barracas fixas autorizadas pela própria Prefeitura. Além da facilidade de baixar CD pelo internet.
Quitéria afirma que na época de grande movimento a loja fazia fila para compar CD, como por exemplo, os cantores alagoanos Kara Veia, Mano Walter, Zinho, além das bandas de outro estado Noda de Caju, Calcinha Preta, Roberto Carlos, Adelino Nascimento e Chamego de Menina (de Aracaju), eram os campeões de venda. Lamenta que as rádios comerciais cobram caro para tocar as musicas de um artistas da terra, o chamado “jabá” . Todos esses fatores deixam a proprietária muito triste ao ver sua loja com mais de 30 anos fechar e mudar de ramo. Até já retirou a placa que tinha em sua fachada BABY DISCOS, e lamenta: “... Ninguém conhece mais a Baby Discos estou encurralada de camelos “ (nas imediações do Mercado da Produção).
O que restou...
Os artistas da terra que ainda se aventuram a gravar CD têm a opção de poucos pontos comerciais na cidade que deixam seus CDs, são eles: Pronto Socorro dos Óculos na rua do comercio 680 especialistas em forró, de propriedade de Artur Passos. Na mesma linha de forro, a loja Casa das Sanfonas no final da Rua Augusta de propriedade do forrozeiro Naldo do Baião e algumas poucas bancas de revistas na cidade. No Farol a revistaria Porto Seguro localizada na praça do Centenario tem uma prateleira para CD Alagoanos e da MPB. Além desses poucos pontos de venda de CD, ainda resiste as Lojas Americanas com CD nacionais e internacionais, porém sem espaço para musica produzia em Alagoas.
Talvez essa seja uma realidade vivida em todo o País. Para combater a pirataria e proibir cobrar jabá em rádios comerciais ao invés de promover a musica local sem preconceito. Existem legislações que protege as direitas autorias e promove a cultura. Isso se o Estado em todos os níveis fosse uma instituição séria. Mas é Brasil, infelizmente a frase que tinha antigamente em todos os discos “musica é cultura” não tem mais sentido na visão arcaica dos poderes constituídos.
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