sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Brechós invadem redes sociais e faturam até R$ 100 mil por mês Bolsas de famosas grifes internacionais são vendidas por até 50% do valor. Especialistas dão dicas para comprar com segurança e não cair em golpes.. G1


Luiza Nolasco abandonou o mercado financeiro e lançou com a sócia Elisa Melecchie o BagMe.com.br em maio de 2013 (Foto: Cristiane Cardoso / G1)Luiza Nolasco abandonou o mercado financeiro e lançou com a sócia Elisa Melecchie - que já trabalhava há seis anos com internet - o BagMe.com.br em maio de 2013 (Foto: Cristiane Cardoso / G1)
Que mulher nunca sonhou em possuir bolsas ou sapatos de grifes mundialmente famosas? O preço do luxo, porém, não é para qualquer bolso. Ou pelo menos não era, até o surgimento dos brechós virtuais, que vendem peças seminovas – algumas usadas apenas uma ou duas vezes – por até 50% menos que os valores cobrados nas lojas. O sucesso é tão grande nas redes sociais que o empreendimento chega a render um faturamento de até R$ 100 mil por mês.
O perfil de quem adquire e de quem vende estes protudos através da internet é jovem – entre 25 e 35 anos – e feminino, em sua maioria, afirma o presidente do Reclame Aqui, canal que intermedia consumidores insatisfeitos e comerciantes que ofereceram o serviço ou o produto. “É uma tendência de e-commerce. São peças caríssimas, que são usadas uma ou duas vezes. Esse é um mercado muito novo. E é um mercado com empreendedores jovens”, analisou Maurício Vargas.
“O que eu acho bacana nesse novo tipo de comércio é que o luxo se tornou mais acessível, e que as pessoas podem estar sempre trocando, variando e reciclando os produtos. Você não fica mais usando a mesma bolsa por anos a fio. O seu guarda-roupa ficou mais dinâmico”, contou a advogada de 35 anos, Helena Cavalcanti, que já comprou óculos, bolsas e também já vendeu uma bolsa através de brechó virtual.
A ideia do Modificando Brechó, administrado por Cintia Lucas, surgiu com a venda de suas próprias peças e trocas entre amigas  (Foto: Rogério Lucas / Modificando Brechó / Divulgação)A ideia do Modificando Brechó, administrado por
Cintia Lucas, surgiu com a venda de suas próprias
peças e trocas entre amigas (Foto: Rogério Lucas /
Modificando Brechó / Divulgação)
Redes sociais
Um dos principais canais de venda dessas mercadorias é o Instagram – rede social de compartilhamento de fotos – e segundo 100% das empreendedoras que o G1 entrevistou, o canal é “um grande facilitador”. Para parte delas, “é o melhor veículo de divulgação”. De acordo com a carioca Cintia Lucas, de 34 anos, – que está há 7 em São Paulo – o canal é responsável por 40% das vendas. “O restante vem de clientes que compram novamente e de investimentos em anúncios”, disse a dona do Modificando Brechó, que possui 11 mil seguidores.
Segundo a empreendedora de Goiânia Maísa Zica, de 33 anos, a grande vantagem da rede social é que “ali não temos custo algum e conseguimos atingir o cliente que realmente tem interesse nos nossos produtos”, explicou a proprietária do Desapego do Luxo, que possui 13 mil seguidores. Para a garantir a qualidade dos itens, “é feita uma curadoria (…) escolho a dedo o que quero que entre”, afirmou Maísa.

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