quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
A SENSATEZ DO ÊNIO LINS - GAZETA DE ALAGOAS
Nos últimos anos, infelizmente, a indigência teórica e ideológica tem marcado boa parte dos analistas e colunistas políticos brasileiros mais badalados e, de quebra, o besteirol tem se esparramado dos espaços opinativos para as manchetes dalguns dos principais veículos de mídia. Isto sem falar, naturalmente, na entusiasmada adesão por parte de “lideranças” sociais e políticas a essa onda de sandices.
Uma das mais evidentes comprovações da receptividade a essas estupidezes está na glorificação das badernas no geral, e no particular, o aplauso às tentativas de liquidar a Copa do Mundo no Brasil. Evidentemente, não se inclui nesse rol de estultices violentas as muitas críticas consubstanciadas à organização do mundial – justas ou não, são parte integrante e indissociável da democracia.
Agressões violentas, destruição de bens públicos e privados, afronta à cidadania e outras marcas dos tumultos em moda são simplesmente o avesso da democracia.
Pensem bem: existe bandeira mais imbecil que “Não Vai Ter Copa!”?
Pois essa consigna estúpida que alguns parecem
lê-la como algo semelhante às “Diretas Já!”. Pode ser isso?
Uma charge do mineiro Duke, reproduzida abaixo, é perfeita ao expor tamanha babaquice. Ora, se o movimento “não vai ter copa” vier a ser vitorioso, o prejuízo do contribuinte brasileiro será multiplicado, pois além do dinheirão investido ter sido gasto para nada, nada virá em termos de receita – entrada que reduzirá, bem ou mal, o dispêndio realizado até a realização do mundial. A bazófia que lança multidões em fúria ao barbarismo das ruas pode ser traduzida como “eu quero perder mais dinheiro!!”. E ainda tem analista, colunista e colunável, achando “o máximo” a revolta da estupidez.
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