HAVANA, CUBA – Pela primeira vez depois de surgir a polêmica sobre a escala da comitiva presidencial em Lisboa, Portugal, fora da agenda oficial, a presidente Dilma Rousseff se pronunciou sobre o caso, nesta terça-feira, em Cuba. A presidente destacou que era preciso fazer uma parada e que por causa de nevasca nos Estados Unidos, foi escolhida Lisboa. Sobre o jantar no restaurante Eleven, um dos mais caros da capital portuguesa, Dilma reforçou que pagou do seu bolso e que por isso podia ir aonde quisesse. A presidente participa hoje da abertura da 2ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Segundo a presidente, o cartão corporativo não foi usado para pagar o jantar. Dilma disse ainda que “dá o exemplo” e não usa cartões bancados pelo governo.
— Eu posso escolher o restaurante que for, desde que eu pague a minha conta. Eu pago a minha conta. Pode ter certeza disso. Pode olhar em todos os restaurantes que eu tive, em alguns causando constrangimento. Porque fica esquisito uma presidente e uma porção de ministros fazendo aquela conta de quanto deu pra cada um: “Soma aí, deu quanto?” e com a calculadora. Eu acho isso extremamente democrático e republicano. Não tem a menor condição de alguma vez eu usar cartão corporativo. Não fiz isto. No meu caso está previsto para mim cartão corporativo, mas eu não faço isso porque eu considero que é de todo oportuno que eu dê exemplo, diferenciando o que é consumo privado do que é consumo público — afirmou a presidente.
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