18 de dezembro de 1972: Eua minam Haiphong e bombardeiam Hanói
Aviões norte-americanos reiniciaram o bombardeio sem limite do Vietnã do Norte, atingindo subúrbios de Hanói, em ação autorizada pelo Presidente Nixon, a fim de prevenir uma possível ofensiva comunista como pressão para acelerar a assinatura do tratado de paz.
Paralelamente ao bombardeio de Hanói - onde os B-52 lançaram 500 toneladas de bombas - os norte-americanos atacaram e voltaram a minar o porto de Haiphong, fundamental no abastecimento daquele país. Fontes locais acusaram os Estados Unidos de lançarem foguetes contra alvos civis.
O ataque de Hanói, primeiro desde o último 11 de outubro, durou 40 minutos. Os bombardeios, a partir de 23 daquele mês, não ultrapassavam o Paralelo 20, 100 quilômetros ao Sul da capital, por determinação de Nixon, para facilitar a assinatura do acordo de paz, que parecia iminente.
As investidas interromperam as conversações imediatamente, sem previsão de retomada.
E a guerra continua...
No final dos anos 60, já era evidente o fracasso da ação americana, polemizada em sucessivas campanhas de pacificação nos EUA e em diversas partes do mundo. Com mais de um milhão de mortos e dois milhões de feridos, o cessar fogo só aconteceu em janeiro de 1973 e a retirada das tropas americanas foi concluída dois anos mais tarde, em março de 1975.
Foi no polêmico ano de 1968 que o JB enviou o primeiro jornalista brasileiro ao Vietnã do Norte desde o início dos conflitos diretos com o EUA em 1964. Numa série de cinco reportagens, Antônio Callado trouxe um novo olhar sobre o povo que conseguiu derrotar completamente a França em 1954, e que defendia-se, agora, da atroz investida norte-americana: "Dedicado à produção e à guerra, o Vietname emprega a fundo os recursos de gente e de tempo de que dispõe. É um país ocupado demais, ocupado em fazer e produzir, e sobretudo em ser. Em existir como exemplo
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