quarta-feira, 23 de outubro de 2013

JB NA HISTÓRIA - CEM MIL PACIFISTA NA PENTÁGONO - USA

22 de outubro de 1967: Hell no, we won't go! Cem mil pacifistas pedem paz no Pentágono

Jornal do Brasil: 23 de outubro de 1967
Cerca de cem mil pacifistas, constituindo delegações de quase todas as cidades norte-americanas, marcharam sobre o Pentágono em protesto contra a guerra do Vietnã e o serviço militar obrigatório nos EUA.

Os manifestantes concentraram-se no Lincoln Memorial e caminharam dois quilômetros até o Departamento de Defesa, onde pararam diante do esquema de segurança do Governo, formado por 12 mil paraquedistas, tropas da Guarda Nacional e agentes federais. No início da marcha os cordões policiais retrocederam diante da coluna de manifestantes que, com o desenrolar do protesto, passaram de uma calma silenciosa para gritos contra o governo e sua política externa.


Cada delegação levava uma tabuleta indicando sua procedência. A marcha iniciou-se com as delegações tomando posição atrás dos portadores da Tocha da Paz, acendida há alguns meses em Hiroshima. A delegação de Nova Iorque, formada em sua maioria por negros e porto-riquenhos, levava retratos de Che Guevara e do Primeiro-ministro de Cuba, Fidel Castro.

Quando a coluna de pacifistas chegou diante do Departamento de Defesa, a Polícia calculou que haviam 25 mil pessoas, enquanto os organizadores do evento anunciavam um total de 150 e 200 mil. Aos gritos de “não iremos para o Vietnam”, os manifestantes defrontaram-se com os soldados que resguardavam o Pentágono. Alguns conseguiram furar o bloqueio do esquema de segurança e mais tarde anunciou-se que 14 pessoas haviam sido presas, entre as elas o escritor Norman Mailler, autor de The Naked and The Dead, romance sobre os soldados americanos combatentes no Vietnam. Por um momento, a coluna dos partidários da paz pareceu disposta a romper a barreira, porém retrocedeu, ouviu alguns discursos e dissolveu-se.

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