sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Quem são e como viviam os proprietários da boate Kiss Eles gostavam de balada e das redes sociais. Agora, um está na cadeia e o outro algemado no hospital - ÉPOCA



CONGELADOS Os empresários Elissandro Spohr, o Kiko (acima), e Mauro Hoffmann (abaixo).  A Defensoria Pública pediu o congelamento dos bens dos sócios da Kiss para garantir a indenização às famílias das vítimas do incêndio (Foto: Reprodução e Emerson Souza/Ag. RBS)
A boate Kiss foi inaugurada em julho de 2009. Bastaram dois anos para que se tornasse um sucesso entre os jovens deSanta Maria. A procura pelas festas na boate era tão grande que os clientes começaram a reclamar das filas que se formavam na frente. Do lado esquerdo da portaria, ficavam alinhados os que tinham comprado o ingresso com antecedência. Quem ainda precisava passar na bilheteria se mantinha à direita. As filas dos dois grupos invariavelmente dobravam as esquinas na Rua dos Andradas, onde fica a Kiss. Naquela época, com 26 anos de idade, o empresário Elissandro Callegaro Spohr, conhecido pelo apelido de Kiko, deu entrevistas dizendo que recebia até 1.400 pagantes, e isso tornava difícil a tarefa de organizar a entrada. Talvez ele inflacionasse o público por uma estratégia de marketing. A julgar pela tragédia do último final de semana, o exagero pode não ter sido tão grande. A polícia trabalha com a estimativa de que haveria entre 1.000 e 1.500 jovens na boate na noite da tragédia. O local poderia abrigar no máximo 691 pessoas, segundo diz o Corpo de Bombeiros.

Piloto de motocross, vocalista de uma banda de música e autointitulado modelo fotográfico e ator, Kiko sempre foi conhecido como um notável “baladeiro”. Bem-apessoado, com 1,80 metro de altura e tatuagem no braço esquerdo, era figura frequente em colunas sociais locais. Como empresário, ele tem um lado menos visível, revelado por documentos obtidos por ÉPOCA. Oficialmente, ele é proprietário não da boate, mas de um negócio com muito menos glamour. Ele tem uma revendedora de pneus, localizada nas cercanias de Santa Maria, a Vales Verdes. Ela deve em impostos cerca de R$ 3 milhões ao governo federal e seus bens foram penhorados.

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