terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

DEU NA COLUNA DO ÊNIO LINS - GAZETA - 2º CENTENÁRO DE JOSÉ TAVARES BASTOS - DEODORENSE ILUSTRE

 200 ANOS DO NASCIMENTO E 120 ANOS DE MORTE DE JOSÉ TAVARES BASTOS 

Favor não confundir com seu filho Aureliano Cândido, este um dos maiores pensadores políticos brasileiros, morto precocemente, aos 36 anos, em 1875. Aquele, longevo, foi menos teórico e bastante prático, mesmo pragmático ao extremo.
José Tavares Bastos teve vida tão longa quanto agitada. Nasceu na então Vila de Alagoas (hoje, Marechal Deodoro, em 1813). Ao longo de 80 verões, José botou para quebrar. Logo de saída, nos idos de 1839, recém-nomeado como juiz em Sergipe Del-Rey, ao visitar sua terra natal, topou com o ressentimento dos alagoenses com a transferência da capital da província para Maceió. Com o apoio do vereador e oficial do Exército Manoel da Fonseca, armaram o maior barraco. A dupla liderou uma verdadeira sublevação contra a transferência, colocaram o povão nas ruas, armaram-se em milícia e, o mais ousado, depuseram e prenderam o presidente da província, Agostinho Neves. Foi uma tremenda confusão. Naturalmente, perderam a parada. Hábil advogado, José safou-se das acusações sem prejuízos à sua carreira, ao contrário de Manoel (o resto da história dos Fonseca é mais conhecido). José seguiu adiante, foi juiz de Direito em Penedo, Maceió, São Paulo e Niterói, vice-presidente da província do Rio de Janeiro, assumiu a presidência da capital do Império por cinco vezes. Em 1866, já estava presidente da província de São Paulo; em 1871, era adjunto do Tribunal do Comércio da Corte. Foi presidente da Relação do Rio de Janeiro por duas vezes e, finalmente, em 1885, ocupou uma cadeira como ministro do Supremo Tribunal de Justiça (até a aposentadoria compulsória, aos 75 anos, em 1889). Foi também deputado à Assembleia Geral (hoje, Câmara dos Deputados) por Alagoas em várias legislaturas. Morreu no Rio de Janeiro, no dia 8 de agosto de 1893.

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