31 de dezembro de 1988: O trágico Reveillon do Bateau Mouche na Baia de Guanabara
Na noite do dia 31, a poucos minutos da virada do ano, o barco Bateau Mouche IV naufragou
na Baia de Guanabara, a 700 metros da Praia Vermelha, matando 55
pessoas. Com excesso de peso e irregularidades que impediam o barco de
fazer transporte de passageiros legalmente, o iate de empresários
espanhóis, que anteriormente se chamava Boka Loka, dirigia-se à praia de
Copacabana, a fim de levar um grupo de 150 pessoas ao show de fogos do réveillon.
Outras efemérides de 31 de dezembro
1980: Morre o precursor da "aldeia global"
1999: EUA transferem o controle do Canal do Panamá ao governo panamenho
Em ligação para a esposa minutos antes de zarpar, o capitão do navio revelou que a viagem contrariava sua vontade, já que o barco estava com excesso de peso e o mar, muito revolto. No caminho para Copacabana, o Bateau Mouche chegou a ser parado pela guarda costeira, que logo liberou a embarcação após firmar um acordo com o responsável por ela. Além do excesso de peso, o barco tinha problemas no casco e nas bombas; uma laje construída em cima da cabine principal ainda deslocara o centro de gravidade do iate, desestabilizando seu centro de gravidade.
Em depoimento à Capitania dos Portos e à Polícia, a maioria dos sobreviventes atestou que suspeitava que o barco iria afundar, pouco depois de zarpar. Segundo testemunhas, minutos antes da meia noite, a água do mar já entrava no convés pelas privadas e por perfurações no casco. O pânico se instaurou.
- "Eu estava na parte de cima, onde não havia nenhum colete salva-vidas. Copos, pratos e garrafas começaram a cair. Tentei localizar minha esposa, que estava na parte de baixo, mas infelizmente não consegui. Do meu lado, uma senhora gritava por socorro. Tentei ajudá-la, mas, em poucos segundos, desapareceu na água "– relatou um sobrevivente, que perdeu a esposa na tragédia, embora tenha conseguido salvar os filhos.
Além de ser um ícone da imprudência e irresponsabilidade, o naufrágio do Bateau Mouche é também um símbolo da fragilidade do judiciário brasileiro. Foram necessários treze anos para que o Ministério Público Federal julgasse e condenasse os donos da embarcação por crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica e falsificação de documentos, totalizando 18 anos de prisão e multa de R$ 4 milhões aos cofres públicos. Antes do fim do processo, a pena dos acusados foi prescrita, permanecendo que todos estejam impunes até hoje. Além disso, das 40 ações movidas contra os responsáveis pela tragédia, apenas uma chegou ao fim.
Outras efemérides de 31 de dezembro
1980: Morre o precursor da "aldeia global"
1999: EUA transferem o controle do Canal do Panamá ao governo panamenho
Em ligação para a esposa minutos antes de zarpar, o capitão do navio revelou que a viagem contrariava sua vontade, já que o barco estava com excesso de peso e o mar, muito revolto. No caminho para Copacabana, o Bateau Mouche chegou a ser parado pela guarda costeira, que logo liberou a embarcação após firmar um acordo com o responsável por ela. Além do excesso de peso, o barco tinha problemas no casco e nas bombas; uma laje construída em cima da cabine principal ainda deslocara o centro de gravidade do iate, desestabilizando seu centro de gravidade.
Em depoimento à Capitania dos Portos e à Polícia, a maioria dos sobreviventes atestou que suspeitava que o barco iria afundar, pouco depois de zarpar. Segundo testemunhas, minutos antes da meia noite, a água do mar já entrava no convés pelas privadas e por perfurações no casco. O pânico se instaurou.
- "Eu estava na parte de cima, onde não havia nenhum colete salva-vidas. Copos, pratos e garrafas começaram a cair. Tentei localizar minha esposa, que estava na parte de baixo, mas infelizmente não consegui. Do meu lado, uma senhora gritava por socorro. Tentei ajudá-la, mas, em poucos segundos, desapareceu na água "– relatou um sobrevivente, que perdeu a esposa na tragédia, embora tenha conseguido salvar os filhos.
Além de ser um ícone da imprudência e irresponsabilidade, o naufrágio do Bateau Mouche é também um símbolo da fragilidade do judiciário brasileiro. Foram necessários treze anos para que o Ministério Público Federal julgasse e condenasse os donos da embarcação por crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica e falsificação de documentos, totalizando 18 anos de prisão e multa de R$ 4 milhões aos cofres públicos. Antes do fim do processo, a pena dos acusados foi prescrita, permanecendo que todos estejam impunes até hoje. Além disso, das 40 ações movidas contra os responsáveis pela tragédia, apenas uma chegou ao fim.
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