Graças a Deus (ao verdadeiro, e não ao falso de Marta Suplicy) recaiu sobre um negro, perdão, a um afrodescendente, a relatoria do processo do mensalão.
Em agradecimento, aos católicos praticantes recomendo, pois, alguns Padre Nossos e outras tantas Aves Marias; aos evangélicos louvações; aos umbandistas oferendas a seus orixás.
Por que digo isto?
Digo isto, amigos, porque se, em vez dele, quem estivesse corajosamente expondo as vísceras apodrecidas desse governo corrupto fosse o louro de olhos azuis a que Lula gosta de se referir, ou uma mistura de Cardeal Richelieu com Conde Drácula – tipo Lewandowski –, a ira dos petistas não ficaria restrita a manifestos insolentes, a notas oficiais ou oficiosas impertinentes, a discursos atrevidos e a ameaças raivosas.
Aquela turba a que chamam de “militância” já teria invadido o Supremo, e seus ministros – a exceção de dois, evidentemente – passados na armas; o ministro Peluso não teria tido sequer tempo de desfrutar de sua merecida aposentadoria.
Mas quis a providência divina que ocupasse a relatoria um homem culto, decente, vidrado na ética e no direito – embora, por fina astúcia, tenha sido colocado no Supremo na doce ilusão de que seria um servo do Coroné de Garanhus, o nhonhô branco a quem ele deveria gratidão. Não deu certo. E agora? Como combatê-lo, até mesmo com palavras, sem incorrer em racismo, em razão do tal politicamente correto que eles mesmos criaram? Chamá-lo de ingrato? Seria pior, exporia o interesse malsão oculto.
Os alvos passaram então a ser outros. Ela, sempre ela, a imprensa, que, segundo aquele deputado dos dólares na cueca, não perderia por esperar a tal regulação da mídia; e a oposição, logo ela, que parece viver em outra galáxia. Tão mixuruca, para usar um termo já fora de moda, e que, como bem disse Augusto Nunes, a oposição que o PT pediu a Deus (ao verdadeiro, volto a repetir). O mesmo Deus a quem, em razão de sua criatura Joaquim Barbosa, devemos orar agradecidos.
Oremos.
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