sábado, 5 de maio de 2012

JB NAHISTÓRIA


4 de maio de 2012: 54 anos de Keith Haring, a irreverência do Graffiti

Keith Haring

Nascido na Pensilvânia em 4 de maio de 1958, logo descobriu sua paixão pelo desenho, combinando uma herança do talento de seu pai e a inspiração na cultura popular efervescente à sua volta.

Foi na década de 80, ao se mudar para Nova York, que se deu conta dos espaços vazios que a cidade oferecia ao seu spray. Começou a pintar nos trens do metrô, e ganhou as ruas, gratifando tudo que era painel e parede. A cidade recebeu com curiosidade seus desenhos que a essa altura já estampavam em praças, edifício e outros lugares públicos.

Diagnosticado com Aids em 1988, criou no ano seguinte a Keith Haring Foundation com missão de angariar fundos de incentivo a organizações dedicadas a estudos sobre o vírus, a qualidade de vida de pacientes e a conscientização social. Nesse mesmo ano, fez a sua última obra pública: o grande mural intitulado Tuttomondo, dedicado à paz universal. Ele morreu no dia 16 de fevereiro de 1990, após complicações decorrentes da Aids.

Aclamado internacionalmente, deixou uma obra espontânea, colorida e alegre, com acentos de intuição que o levou a pintar o correto, no lugar e momento precisos. Expressou conceitos universais de vida, morte, amor, sexo e guerra numa linguagem visual fruto de sua grande força criativa. Sua irreverência o tornou uma das figuras que mais movimentaram o circuito urbano mundial de sua geração, consagrando-o a grande vedete da arte Graffiti.

4 de maio de 1937: Adeus a Noel Rosa, o poeta maior da Vila

Noel Rosa. Reprodução
"Nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de São João. Morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete, sem luar, sem violão. Perto de você me calo, tudo penso e nada falo, tenho medo de chorar. Nunca mais quero o seu beijo, mas meu último desejo, você não pode negar. Se alguma pessoa amiga pedir que você lhe diga, se você me quer ou não. Diga que você me adora, que você lamenta e chora a nossa separação. E às pessoas que eu detesto, diga sempre que eu não presto, que meu lar é o botequim, que eu arruinei sua vida, que eu não mereço a comida que você pagou pra mim." Noel Rosa

Outras efemérides de 4 de maio
1933: As negociações de paz na região do Chaco
1979: Inicia-se a era Tatcher na Inglaterra

O morro está de luto. Morreu Noel Rosa, 26 anos, vítima de uma tuberculose que o perseguiu em sua vida boêmia, o sambista maior de Vila Isabel. Para a música popular, o querido compositor representava uma personalidade e tanto. A Vila desceu para conduzir Noel para o repouso eterno. Ele foi o seu intérprete e morreu como um sambista deve morrer: cantando com o ritmo na boca, abafando o seu último suspiro.

Noel de Medeiros Rosa nasceu no dia 11 de dezembro de 1910, no Rio de Janeiro, em parto difícil. Os médicos usaram o fórceps, que acabou afundando seu maxilar, causando-lhe uma paralisia parcial no lado direito do rosto. Foi responsável pela união do samba do morro com o do asfalto. Criado em Vila Isabel, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música. Suas composições nasceram aos pés da Baía de Guanabara. Entrou para a faculdade de medicina, mas logo abandonou o curso para ingressar na vida artística, em meio ao samba e às noitadas regadas a cerveja.

Noel, sem diploma, catava ritmos nas ruas, vasculhava cadencias nos morros da cidade e com essa materia prima tecia a sua música, que constituía a delícia da cidade, o embalo da população.

Em 1929 nasceu o seu primeiro samba, Com que Roupa?, que se transformou no grande sucesso do carnaval de 1931. Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma sequencia de canções que primam pelo humor. 

Um comentário:

  1. "O sol na Vila é triste, samba não assiste
    Porque a gente implora:
    Sol, pelo amor de Deus, não venha agora
    Que as morenas vão logo embora."
    DÁ-LHE NOEL !!!
    Saravá! Saravá, Noel !!!

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