quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

JB NA HISTÓRIA


1º de dezembro de 1988: Pela primeira vez, Brasil participa do Dia Mundial de luta contra a Aids

Jornal do Brasil: Sexta-feira, 2 de dezembro de 1988

Mais de 200 pessoas atenderam ao chamado do "Solidariedade - abrace este sentimento", slogan da campanha pela luta contra à Aids, e se deram as mãos em torno do Cristo Redentor, no Rio, simbolizando um grande abraço.

Ao som da música O Bêbado e o Equilibrista, uma gigantesca faixa com a inscrição Aids - Solidariedade foi estendida aos pés do monumento, dezenas de pombas brancas foram soltas e balões lançados ao ar. Entre os presentes estava o sociólogo e ativista político Herbert de Souza, o Betinho, soro-positivo e presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar contra a Aids - ABIA.

A campanha teve os objetivos de divulgar informações sobre a transmissão da doença e despertar na população e nos profissionais de saúde o sentimento de solidariedade aos portadores do vírus, vítimas do preconceito e da desinformação. Reivindicou também a atuação da saúde pública no cumprimento de um programa efetivo para prevenir a contaminação do vírus e oferecer condições dignas de atendimento ao pacientes.

Pela primeira vez, o Brasil participava do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, doença reconhecida pela Organização Mundial de Saúde - OMS - como um problema mundial. A data foi criada para despertar a consciência sobre a necessidade da prevenção, aumentar a compreensão sobre a síndrome e reforçar a tolerância e a compaixão às pessoas infectadas.

Março de 1983
Doença misteriosa transforma-se na epidemia mais violenta do século



Passadas três décadas da sua descoberta, embora muitos estudos tenham contribuído para seu tratamento, retardando sua manifestação, esclarecendo formas de contágio, proporcionando melhor qualidade de vida ao seu paciente, o rótulo inicial dado a Aids - associando-a a grupos de comportamento socialmente marginalizado - ainda faz de seus portadores vítimas de preconceito e ignorância.

Considerado uma pandemia, ainda sem cura, o vírus da Aids não se transmite pelo ar, suor ou piscina. O vírus não se transmite pelo compartilhamento de sabonete, toalha, banheiro, talheres, pratos ou copos. Beijo no rosto, aperto de mão ou abraço também não transmitem o vírus da Aids.
Fitinha Vermelha



O símbolo da luta contra a Aids é um fitinha vermelha enlaçada. A ideia surgiu em 1991, quando o grupo nova iorquino Visual Aids teve a iniciativa de criar um ícone que pudesse ser compartilhado e exprimisse a solidariedade em relação aos portadores do HIV.




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