29 de julho de 1979: Morre Herbert Marcuse, o teórico da rebelião estudantil que agitou o ano de 1968
Um ataque cardíaco matou o sociólogo e filósofo alemão Hebert Marcuse, 81 anos, numa clínica particular às margens do lago de Starnberg, perto de Munique. Principal teórico da rebelião estudantil que agitou o ano de 1968, Marcuse estava na Alemanha como convidado para um programa de estudos sobre questões sociais e pensava em voltar aos EUA, que o acolheu em 1933, ao fugir do nazismo. O corpo foi enterrado na Califórnia, como era seu desejo.
Assim como Theodor Adorno e Ernst Bloch, outros dois importantes pensadores alemães, Marcuse mantinha uma conduta extremamente crítica em relação ao regime alemão, e fazia questão de uma distância bastante grande em relação ao universo oficial de seu país. Adorno e Bloch também emigraram quando Hitler subiu ao Poder e nunca mais se sentiram à vontade na Alemanha, nem mesmo depois da guerra.
Com justiça ou não, Marcuse foi considerado pela opinião pública como o "inspirador" das revoltas estudantis que transformaram a fisionomia do país na segunda metade da década de 60. Pelo menos foi desta maneira que seu nome apareceu no amplo noticiário dedicado à sua morte: Marcuse cercado por estudantes nas superlotadas salas de aula em Berlim e Frankfurt, Marcuse conversando com líderes estudantis da época, Marcuse fotografando à frente de passeatas no "campus".
"Somente através dos desesperançados nos é dada a esperança". Marcuse acreditava firmemente nas palavras de seu amigo Walter Benjamin: citou-as na conclusão de um de seus livros mais representativos Eros e a Civilização(1955) e incluiu-as entre os lemas sagrados que inspiraram sua obra de pensador.
Herbert Marcuse nasceu em Berlim, Alemanha, no dia 19 de julho de 1898 e foi um dos fundadores da Escola de Frankfurt. Com a ascensão de Hitler, em 1933, fugiu para os EUA. Naturalizado americano, foi professor nas universidades de Columbia e Harvard. Sua doutrina se baseava na dialética de Hegel e na filosofia de Heidegger. Condenava tanto o marxismo soviético quanto a sociedade de consumo. Acreditava na liberdade sexual como condição básica da emancipação pessoal, econômica e política. Por sua capacidade de se engajar, suas ideias inspiraram muitos líderes do movimento estudantil francês, na explosão de manifestações de maio de 1968. Suas obras mais conhecidas, além de Eros e Civilização (1955) são O homem unidimensional (1964), Ideologia da Sociedade Industrial (1964) eO Fim da Utopia (1967).
Outras efemérides de 29 de julho:
1981: O casamento do Príncipe Charles com a Princesa Diana
1983: Luis Buñuel, o surrealismo no cinema
1994: O Brasil perde o sorriso de Mussum
Assim como Theodor Adorno e Ernst Bloch, outros dois importantes pensadores alemães, Marcuse mantinha uma conduta extremamente crítica em relação ao regime alemão, e fazia questão de uma distância bastante grande em relação ao universo oficial de seu país. Adorno e Bloch também emigraram quando Hitler subiu ao Poder e nunca mais se sentiram à vontade na Alemanha, nem mesmo depois da guerra.
Com justiça ou não, Marcuse foi considerado pela opinião pública como o "inspirador" das revoltas estudantis que transformaram a fisionomia do país na segunda metade da década de 60. Pelo menos foi desta maneira que seu nome apareceu no amplo noticiário dedicado à sua morte: Marcuse cercado por estudantes nas superlotadas salas de aula em Berlim e Frankfurt, Marcuse conversando com líderes estudantis da época, Marcuse fotografando à frente de passeatas no "campus".
"Somente através dos desesperançados nos é dada a esperança". Marcuse acreditava firmemente nas palavras de seu amigo Walter Benjamin: citou-as na conclusão de um de seus livros mais representativos Eros e a Civilização(1955) e incluiu-as entre os lemas sagrados que inspiraram sua obra de pensador.
Herbert Marcuse nasceu em Berlim, Alemanha, no dia 19 de julho de 1898 e foi um dos fundadores da Escola de Frankfurt. Com a ascensão de Hitler, em 1933, fugiu para os EUA. Naturalizado americano, foi professor nas universidades de Columbia e Harvard. Sua doutrina se baseava na dialética de Hegel e na filosofia de Heidegger. Condenava tanto o marxismo soviético quanto a sociedade de consumo. Acreditava na liberdade sexual como condição básica da emancipação pessoal, econômica e política. Por sua capacidade de se engajar, suas ideias inspiraram muitos líderes do movimento estudantil francês, na explosão de manifestações de maio de 1968. Suas obras mais conhecidas, além de Eros e Civilização (1955) são O homem unidimensional (1964), Ideologia da Sociedade Industrial (1964) eO Fim da Utopia (1967).
Outras efemérides de 29 de julho:
1981: O casamento do Príncipe Charles com a Princesa Diana
1983: Luis Buñuel, o surrealismo no cinema
1994: O Brasil perde o sorriso de Mussum
28 de julho de 1950 - Bicentenário de morte de Johann Sebastian Bach
"Iniciando-se a semana em que se comemora o bi-cenentário da morte de Johann Sebastian Bach, é dever de todos que se interessam pela música, evocar o nome daquele que a elevou às esferas supremas, oferecendo à humanidade as harmonias mais perfeitas e mais puras que já foram concebidas por cérebros humanos. Passaram-se dois séculos de sua morte e sua sublime inspiração ecoa em nossos ouvidos através de sua portentosa obra, e assim, continuará permanente na devoção artística dos pósteros, desafiando os séculos". Jornal do Brasil
Johann Sebastian Bach, descendente de família de músicos por seis gerações, nasceu em 21 de março de 1685 em Eisenack, na Alemanha. Embora tenha aprendido com seu pai as primeiras noções musicais, sua criação, motivada pela orfandade precoce, ficou sob responsabilidade de seu irmão mais velho, Johann Christoph, exímio organista que lhe incentivou nos estudos musicais. Em poucos anos, dominaria com segurança diversos instrumentos, adquirindo a celebridade ao órgão e ao cravo.
Em lugar das distrações próprias de sua idade, adorava ouvir os grandes mestres de sua época - Johann Adam Reinken, Dietrich Buxtehude, Johann Pachelbel. foi observando-os e estudando sua performance em suas obras que conseguiu o mais completo desenvolvimento de sua técnica. A arte dos grandes concertos que assistia inspiravam-no na busca de criações grandiosas e punha-se a improvisar no cravo e no órgão, revelando uma tal exuberância de imaginação e um estilo tão pessoal que seus exercícios se transformavam em obras-primas.
Debaixo de seus dedos, nascia uma nova linguagem musical. Bach possuia mãos grandes e dedos ágeis, de extraordinário alcance no teclado. Ele próprio afinava seus instrumentos, neles introduzindo ousadas modificações. A música brotava naquele cérebro privilegiado com incrível facilidade permitindo-lhe compor uma obra imensa: Prelúdios, Fugas, Tocatas, Sonatas, Partitas, Suites, Concertos, Cantatas.
Grande foi Bach como músico, pai de família e professor. Foi mestre de seus filhos e de sua segunda esposa, intérprete de sua obra. Considerado um sujeito simples, voltado ao recolhimento, dispensava a vida pública de salões, motivo talvez pelo qual sua obra só tenha repercutido um século depois de sua morte.
Um ano antes de morrer, ficou cego. Não deixou, porém, de compor e trabalhava na Arte da Fuga (Die Kunst der Fuge) - sua útlima obra - quando sentindo declinar suas forças, chamou um de seus filhos e ditou o desfecho de sua última produção, concebida como um adeus à música.
Em torno ao seu leito, encontrava-se a família. Parecendo recuperar a visão, fitou a esposa, e pediu que cantasse alguma canção. Ela atendeu: "Todos os homens marcham para a morte"...
E foi assim que, no dia 28 de julho de 1750, com a idade de 65 anos, deixava de existir aquele que passou à posteridade como o Pai da Música e Mestre Supremo de todas as gerações.
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