A advogada Eloísa Samy, que pediu asilo político ao Uruguai, na segunda-feira, 21, não foi a primeira a cogitar sair do País.
A produtora cultural Elisa Quadros Sanzi, a Sininho, tinha a intenção de se “exilar” na Inglaterra depois da Copa do Mundo.
O tema foi discutido com advogados e com outros ativistas, mostram ligações telefônicas interceptadas pela polícia, em inquérito que fundamentou a denúncia por associação criminosa contra 23 militantes.
Numa das conversas, em 24 de junho, Elisa diz a um homem chamado Igor (provavelmente Igor D’Icarahy, que também deixou a prisão na noite desta quinta-feira, 24), que está “pensando em exílio“.
“Acho que vou aceitar ir para Inglaterra com Mohamed para fazer as denúncias do que está acontecendo aqui. Porque ia ser uma espécie de caos, né? Eu me exilar agora, depois da Copa, antes das eleições“, diz Sininho.
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Informante fubânico bem posicionado, com caldeirão cativo ao lado de Satanás no Reino das Trevas Flamejantes, me disse que o Cramulhão deu ordem à Embaixada dos Quintos-dos-Infernos em Brasília pra conceder asilo a qualquer “pirsiguido pulítico” da República Federativa de Banânia.
Quanto mais crimes tenha cometido este “pirsiguido pulítico” – aí incluídos assassinato de cinegrafista, depredação dos patrimônios público e privado, lesão corporal em passageiros de ônibus urbanos, perturbação da ordem, além de saques de lojas -, mais fidalgo será o acolhimento assim que cruzarem as portas da representação diplomática do Império do Tinhoso.
Pois, apesar desta gentil oferta do Cão, eu fiquei sem entender a preferência de Sininho Blim-Blim-no-Furico pelo exílio em Londres. Francamente, fiquei perplexo e surpreso.
Em se tratando de uma revulucionária radical, uma guerrilheira urbana das zistremas zisquerdas, que pega em armas (porretes, bombas e coquetéis Molotov) pra implantação da democracia vermêia em terras banânicas, o mais sensato, o mais lógico, seria ela pedir asilo na embaixada de Cuba e ir viver confortavelmente na aprazível Havana, onde receberia treinamento e aprenderia novas técnicas de assassinar cinegrafistas e expropriar bens de comerciantes reacionários da camarilha direitista.
A metrópole cubana, com suas ruas mudernas e prédios futuristas, na qual vive em irrestrita felicidade uma população bem nutrida, com todas as necessidades básicas resolvidas e onde não existe uma única criança dormindo nas ruas, é o lugar mais azado para um “pirsiguido pulítico” de Banânia viver um dourado exílio.
Eu até imaginei Sininho Blim-Blim-no-Priquito, passeando pelas ruas da única cidade liberta do capitalismo no paraiso caribenho.
Vejam:
Num tá linda a paisagem? Num tá linda Sininho Blim-Blim-no-Fedegoso inserida dentro dela? Segundo me informaram, esta é a avenida mais chic e mais movimentada de Havana.
Seria assim como a Paulista em São Paulo, ou a Presidente Vargas no Rio. Ou a Agamenon Magalhães aqui no Recife.
Não me entra no juízo esta preferência de Sininho Blim-Blim-na-Bacurinha por uma cidade soturna, sinistra, sombria, triste e feia que nem Londres. Não consigo imaginá-la exilada na Inglaterra, um país ditatorial, repressor, sem TV a cabo, internet vigiada e com as prisões cheias de dissidentes, coisa que não existe de modo algum em Cuba.
Francamente, se alguém puder me dar alguma pista sobre esta estranha preferência de Sininho Blim-Blim-na-Rachada, eu agradeço do fundo do coração.
Enquanto isto, permanece de pé a oferta do Fute-Sarnento pra que ela peça exílio na embaixada do Reino do Caldeirão Cozinhador de Pés-de-Rabos Magrelos e Sem Graça.
Sininho Blim-Blim-no-Olho-do-Fiofó passeando em Londres: ela vai detestar ! ! !
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