domingo, 10 de abril de 2011

ESTREIA NA GLOBO "CORDEL ENCANTADO"

Patrícia Villalba/ RIO - O Estado de S.Paulo
Fora o deslumbramento visual, as primeiras imagens de Cordel Encantado, novela das 6 que a Globo estreia amanhã no lugar de Araguaia, dão a entender que se trata de uma trama pouco comum - quem sabe até uma tremenda ousadia. Contada numa época não claramente delimitada, mas que pode ser algo em torno do final do século 19 e começo do século 20, a nova trama de Duca Rachid e Thelma Guedes mistura, sem medo de ser feliz, cangaceiros que se movem em ritmo de cordel e nobres europeus que dançam conforme a valsa.

A história é inventiva, como um verdadeiro conto de fadas. E, muito adequadamente, é a primeira da emissora a ser gravada em 24 quadros por segundo, tipo de captação que confere textura muito próxima à da película de cinema - e que, consequentemente, demanda maior requinte de produção.

Após uma expedição para catalogar a flora dos trópicos, Zenóbio Alfredo (Guilherme Fontes) volta para Seráfia do Norte, para contar ao rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia) que há no Brasil um tesouro escondido pelo fundador do reino, Dom Serafim. "Daí o nome do reino, Seráfia. O português Serafim justifica o fato de todos falarem português lá", explica Duca ao Estado.

A notícia do tesouro leva o aventureiro rei Augusto ao Brasil, e junto com ele, boa parte da corte. A rainha Cristina (Alinne Moraes, em participação relâmpago), e a princesa Aurora (Bianca Bin), ainda bebê, vão viajar com a comitiva. Aurora, vale anotar, está destinada a se casar com o príncipe de Seráfia do Sul, Felipe (Jayme Matarazzo). É quando entram em cena os vilões: a Duquesa Úrsula (Débora Bloch), cunhada do rei Augusto, e seu mordomo, Nicolau (Luiz Fernando Guimarães). "Eles dão cabo da rainha e da princesa", adianta Luiz Fernando (leia entrevista com o ator na página 6), sem deixar de rir. Ele é presença de destaque num elenco recheado de ilustres, como Matheus Nachtergaele e Zé Celso Martinez, que depois de décadas nas trincheiras do Teatro Oficina, faz sua estreia em novelas.

Em flor. E como princesa não é de morrer no começo da história, Aurora acaba sendo criada no sertão pelo casal Euzébio (Enrique Diaz) e Virtuosa (Ana Cecília Costa), numa cidadezinha chamada Brogodó, também fruto da imaginação das autoras. Seu nome é Açucena, flor delicada e carregada de simbolismos - como toda a novela, aliás. As cenas na corte de Seráfia foram gravadas no Vale do Loire, na França, e as de Brogodó, no sertão do Sergipe - duas locações tão lindas quanto distintas entre si.

Após um salto no tempo, encontramos a Açucena noiva do "bonito e bom" Jesuíno (Cauã Reymond), seu amigo de infância. Como ela, ele desconhece sua verdadeira origem: foi criado numa fazenda sem saber que é, na verdade, filho de um temido cangaceiro, Herculano (Domingos Montagner).

Do outro lado do oceano, em Seráfia, o rei Augusto ainda sofre com a morte da rainha Cristina e o desaparecimento de Aurora. Mas logo receberá a notícia de que ela está viva - e eis que uma nova comitiva se forma, rumo a Brogodó

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