domingo, 1 de setembro de 2019

DEU NO JORNAL DA BESTA FUBANA.

A HORA DA POESIA


AMOR É UM ARDER, QUE SE NÃO SENTE – Abade de Jazente

Amor é um arder, que se não sente;
É ferida, que dói, e não tem cura;
É febre, que no peito faz secura;
É mal, que as forças tira de repente.
É fogo, que consome ocultamente;
É dor, que mortifica a Criatura;
É ânsia a mais cruel, e a mais impura;
É frágoa, que devora o fogo ardente.
É um triste penar entre lamentos,
É um não acabar sempre penando;
É um andar metido em mil tormentos.
É suspiros lançar de quando, em quando;
É quem me causa eternos sentimentos:
É quem me mata, e vida me está dando.
Colobaração de Pedro Malta

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