O advogado Roberto Podval, que defende o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, afirmou em entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (3) que o petista é um "bode expiatório" da Operação Lava Jato. Para Podval, a prisão de Dirceu tem "justificativa política".
Dirceu teve prisão preventiva decretada nesta manhã na 17ª fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. O ex-ministro do governo Lula é suspeito de ter idealizado o esquema de corrupção na estatal e de ter recebido propina para sua empresa de consultoria.
"Nós vimos alguns operadores, todos eles com milhões e milhões de dólares no exterior, eles mesmos já falaram, confessaram, entregaram as contas e o dinheiro. Ninguém fala de uma única conta, de uma única movimentação do Zé Dirceu no exterior. Não falam porque não tem. Então, ele, que é o grande responsável, não tem nada parecido com o que foi encontrado durante o processo", disse Podval.
"Nós vimos alguns operadores, todos eles com milhões e milhões de dólares no exterior, eles mesmos já falaram, confessaram, entregaram as contas e o dinheiro. Ninguém fala de uma única conta, de uma única movimentação do Zé Dirceu no exterior. Não falam porque não tem. Então, ele, que é o grande responsável, não tem nada parecido com o que foi encontrado durante o processo", disse Podval.
"Aí é politizar uma questão jurídica e de forma injusta. Estão buscando um bode expiatório. Zé Dirceu é hoje um bode expiratório do processo. Estão tratando o Zé Dirceu como um grande prêmio que se encontrou ali", completou o advogado.
Para Podval, não há razões jurídicas para que fosse decretada a prisão preventiva do ex-ministro. Segundo o advogado, todos os documentos e contratos de prestação de serviços da empresa de José Dirceu foram entregues "antecipadamente" à Justiça Federal.
Para Podval, não há razões jurídicas para que fosse decretada a prisão preventiva do ex-ministro. Segundo o advogado, todos os documentos e contratos de prestação de serviços da empresa de José Dirceu foram entregues "antecipadamente" à Justiça Federal.
"É uma prisão que não precisava ter ocorrido. Acho que esse processo é um processo que se divide numa parte jurídica e numa parte política. E aqui não vou partidarizar a parte política. Mas, fato é, juridicamente falando: qualquer aluno de direito sabe que as razões para a prisão preventiva não existem. E a decisão que determina a prisão, para mim, não tem justificativa jurídica. A justificativa colocada parece mais uma justificativa política", acusou o advogado.
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