AGORA TAMBÉM SOU CIDADÃO DE CAICÓ
Alberto Rostand Lanverly
Membro das Academias Maceioense e Alagoana de Letras e do IHGAL
Quando eu era ainda bem jovem, certa vez abri um livro antigo e em suas páginas aprendi que a alegria é um sentimento tão importante que não pode ser substituído por nenhum outro. Dias atrás, na cidade natal de minha mãe, Marlene, vivenciei um destes grandes momentos do meu viver.
Nascido e batizado em Natal, criado em vários municípios alagoanos, onde meu pai exercia a magistratura, cidadão do mundo, por direito adquirido através dos inúmeros países onde realizei cursos de especialização ou fiz turismo, todavia, Caicó sempre foi meu Porto Seguro. Foi ali, que sempre retemperei minhas forças e cultivei o mais puro dos sentimentos, o amor sem fronteiras, inspirado nos exemplos de meus antecessores com quem convivi: os bisavós Martinho Elpídio de Medeiros, Pércia Leite de Medeiros e Anália Dantas Fernandes, mas, sobretudo, na intimidade de Francisco Dantas Fernandes e Márcia de Medeiros Fernandes, (vovô Chiquinho e vovó Bazinha) que, juntamente com meu tio Dedé e as seis tias potiguares me mostraram ser a família a retaguarda mais tranquila que se pode possuir.
Em minha infância e juventude, sempre vivi, o ano inteiro, contando os dias que me separavam do mês de janeiro, das férias letivas, ou de julho quando demandava novamente a Caicó para render homenagens a Sant’Ana, nossa insigne Padroeira, além de rever os amigos, desde os moradores da Fazenda Angicos – alguns remanescentes de priscas eras e ligados a minha família por laços de amizade e gratidão –, até as dezenas de companheiros de minha idade com quem dividia aventuras e conquistas juvenis.
O título de cidadão honorário que recebi, por iniciativa do estimado primo Odair, com endosso dos edis caicoenses, se vem somar, com merecido destaque às similares homenagens já recebidas em outras plagas.
A partir de agora, sou caicoense, como minha mãe e tantos outros entes queridos. Exibirei, com muito orgulho, o comprovante de meu direito, ora conquistado, de sentir-me seridoense, irmão, portanto, dos índios Caiacós, com destaque maior à indígena Valcacer, minha octavó, batizada com o nome cristão de Custódia para se casar com o português Pedro das Neves, dando origem à família que hoje orgulhosamente integro, pelo lado materno.
Nunca é pouco, agradecer aos senhores representantes dos Poderes Executivo e Legislativo de Caicó, que se fizeram presentes naquela inesquecível solenidade de outorga, dando ênfase especial ao Vereador Odair Diniz. A todos, desejo os mais sinceros agradecimentos pela deferência a mim tributada, com a certeza de que honrarei o título de cidadania recebido.
Ouso dizer, que o fato de ser um noviço Caicoense, azeitou as engrenagens das portas e janelas de meu coração, que sinto, agora se abrem com mais desenvoltura, não somente para a alegria, mas também para a eterna jovialidade, na certeza de que ali se encontra um baú repleto de moedas correntes da permanente felicidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário