Petista histórico, filiado ao partido há mais de 30 anos, o senador Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, decidiu chutar o pau da barraca e ameaça deixar a legenda. Ele acusa o governo de “enganar” o povo brasileiro, diz que o desemprego aumenta no país e que ao contrário de aumentar a fiscalização contra a corrupção, o trabalhador é mais uma vez chamado para pagar a “conta”. Numa entrevista à Revista Veja, Paim classifica as Medidas Provisórias do Planalto que endurecem as regras para concessão de benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego, pensão por morte e seguro-defeso, como um pacote “antitrabalhador”, e assegura que é o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quem dá as cartas nessa questão.
O que disse Paim sobre as medidas que afetam os direitos dos trabalhadores:
“Eu fiquei constrangido e perplexo com as duas medidas provisórias que tiram direito dos trabalhadores. E essa não é uma reação só minha, é de todas as centrais, de todas as confederações, sindicatos, associações de trabalhadores, que não concordam com o que o governo fez. Sou o último dos parlamentares do PT que participou da Constituinte e hoje ainda está em atividade, sempre em uma linha de coerência. Como é que a essa altura do campeonato eu vou votar contra pescador, contra a viúva, contra o trabalhador desempregado? Não tem sentido. Não tem como mexermos nesses direitos trabalhistas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário