É a quarta vez que Renan Calheiros (PMDB-AL) sai vitorioso na disputa pela Presidência do Senado. Sua estreia como presidente da Casa foi em 2005, quanto obteve 72 votos como candidato único ao posto. Naquele ano, prometeu dar ampla visibilidade ao trabalho da instituição e aproximá-la da população, fazendo o povo entender a atividade legislativa. Renan tinha em mente ações para fortalecer o Senado com agilidade para conduzir reformas e fazer o país avançar. Mencionou a necessidade de maior equilíbrio no pacto federativo e de aperfeiçoamento no ordenamento jurídico nacional.
A prioridade, segundo ele, seria a votação da reforma política. Também queria modificar leis importantes, como a do orçamento, porque o queria mais impositivo, mais transparente e com mais garantias de qualidade do gasto público. Nem tudo andou conforme Renan previu no início de 2005. Quatro meses depois, Planalto e Congresso mergulharam na maior crise do governo Lula e uma das maiores desde o impeachment de Fernando Collor, em 1992. O deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente do PTB, denunciou em maio a existência do esquema de compra de apoio que ficaria conhecido como Mensalão. O Senado enfrentou três comissões parlamentares de inquérito investigando o governo, sempre com Renan sustentando que a crise não enfraquecia a democracia nem o presidente da República.
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