O cabo da Polícia Militar Marcelo Bertho Vieira, de 44 anos, é um especialista em salvamentos pelo 190. Basta que o telefone toque no quartel com algum parente ou amigo pedindo ajuda para uma vítima de engasgamento para ele entrar em ação. Foi assim que o PM já conseguiu salvar seis bebês, uma criança e um adulto.
Não à toa, o policial do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), onde trabalha há quatro anos e meio, recebeu uma condecoração por seu trabalho. O policial ficou conhecido no quartel como especialista nas técnicas de salvamento neste tipo de ocorrência.
De acordo com a Polícia Militar, ligações como estas são mais comuns do que se imagina. No fim de janeiro deste ano, a pequena María Cecília, que tinha apenas uma semana de vida, se engasgou com o leite. A mãe, desesperada, procurou atendimento no 190, foi atendida pelo cabo Bertho e conseguiu socorrer a bebê até a chegada da ambulância. (Ouça acima)
A ligação durou pouco mais de 14 minutos. “Eu estava desesperada, porque ela é muito novinha ainda e eu tentei ligar no Corpo de Bombeiros, mas estava dando ocupado. Liguei no 190, o cabo me acalmou e me deu um passo a passo de como socorrê-la, ver se ela estava respirando. Foi o que salvou a minha filha, sou muito agradecida por isso”, disse Ednay Nunes dos Santos, de 25 anos. Ela mora com o marido e mais um filho no bairro Rosário, em Ferraz de Vasconcelos, onde são caseiros de uma escola.
O cabo conta que lidar com o nervosismo de quem liga pedindo socorro e conseguir passar as orientações a tempo é a maior preocupação. “Ao ver os procedimentos, o salvamento acaba parecendo simples, mas vai muito também dos pais ou da pessoa que está ligando pedindo socorro. A pessoa que liga normalmente está desesperada e quer um resultado rápido. É preciso mantê-la no controle para que ela escute as instruções”, disse.
No caso de crianças, por exemplo, o nervosismo costuma ser maior. "Às vezes a criança não chora após o procedimento, e aí os pais acham que ela não está respirando, e ficam mais desesperados. Então há um trabalho para explicar que a criança pode não chorar e que há formas de ver se ela está respirando, como a técnica do espelho em frente ao narizinho, por exemplo", detalhou.
Um adulto também já foi salvo pelo policial. "Uma parente ligou o 190 achando que ele tinha sofrido um infarto. "Mas era um senhor obeso, de certa idade. Ele estava desacordado. Ele havia, na verdade, engasgado com o vômito. Pedi a descrição do estado da vítima por telefone. Pedi para que o virassem de lado e ai ele desengasgou. Pela descrição da forma em que ele foi encontrado, imaginei que não estávamos tratando de um infarto, e sim de um engasgamento", detalhou.
Treinamento
Segundo o chefe de Assuntos Civis do CPA/M-12, tenente Flávio Roberto da Silva, o policial militar passa por um processo rigoroso quando ingressa na corporação, e deve apresentar algumas características a fim de desempenhar bem a sua função. Entre elas estão resistência à fadiga, ansiedade diminuída e controle emocional em situações de estresse elevado. "Na fase de treinamento o policial é ensinado a não se envolver emocionalmente nas ocorrências, o que pode lhe dar condições de apresentar uma melhor solução para o caso, já que não está envolvido nos conflitos".
Um adulto também já foi salvo pelo policial. "Uma parente ligou o 190 achando que ele tinha sofrido um infarto. "Mas era um senhor obeso, de certa idade. Ele estava desacordado. Ele havia, na verdade, engasgado com o vômito. Pedi a descrição do estado da vítima por telefone. Pedi para que o virassem de lado e ai ele desengasgou. Pela descrição da forma em que ele foi encontrado, imaginei que não estávamos tratando de um infarto, e sim de um engasgamento", detalhou.
Treinamento
Segundo o chefe de Assuntos Civis do CPA/M-12, tenente Flávio Roberto da Silva, o policial militar passa por um processo rigoroso quando ingressa na corporação, e deve apresentar algumas características a fim de desempenhar bem a sua função. Entre elas estão resistência à fadiga, ansiedade diminuída e controle emocional em situações de estresse elevado. "Na fase de treinamento o policial é ensinado a não se envolver emocionalmente nas ocorrências, o que pode lhe dar condições de apresentar uma melhor solução para o caso, já que não está envolvido nos conflitos".
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