Ao todo, foram 10 embates diretos entre os três --quatro em perguntas feitas de candidato para candidato e seis confrontos estimulados após questões formuladas por jornalistas do grupo Bandeirantes.
Quando o confronto ocorreu entre Dilma e Aécio, ficou concentrado em torno das questões econômicas e das investigações sobre a Petrobras, um dos alvos preferidos da campanha tucana. Os choques entre Dilma e Marina foram marcados pela cobrança de ações para atender demandas populares dos protestos de junho de 2013 e as diferenças de perfil entre a "gerente Dilma" e os "estrategistas FHC e Lula". Já o enfrentamento entre Aécio e Marina se deu na arena da coerência política --como a recusa da pessebista de estar no palanque dos tucanos em SP--, o agronegócio e as críticas indiretas a Dilma sobre o aparelhamento da máquina pública. Aécio cobra desculpas de Dilma pela gestão da Petrobras: "A senhora não quer aproveitar esse tempo para pedir desculpas ao povo brasileiro?", disse Aécio, ao atribuir à presidente a queda do valor de mercado da estatal. Já quando teve chance de responder ao tucano, Dilma não poupou críticas à gestão econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo segundo mandato foi marcado por "medidas impopulares", como altos juros e altos níveis de desemprego.
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"O governo do PSDB quebrou o Brasil três vezes e foi ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Propôs que não se desse aumento de salários e tivemos redução salarial nesse período. O seu partido cortou salários e fez 'tarifaços'", afirmou a presidente-candidata. Durante o debate, Aécio tomou uma atitude incomum durante encontros desse tipo: afirmou, durante as considerações finais, que Armínio Fraga, ex-ministro de FHC, será seu escolhido para ocupar a pasta da Fazenda, caso seja eleito presidente.O anúncio coincide com o momento em que Marina o ultrapassa nas pesquisas e faz sinalizações que agradam o mercado, como prometer a independência do Banco Central. "Fiz questão de dizer qual é o caminho que vou seguir, já antecipando a indicação, se vencer as eleições, de Armínio Fraga para o Ministério da Fazenda, porque isso sinaliza na direção daquilo que o Brasil mais precisa: resgatar sua credibilidade e criar um ambiente de tranquilidade para que os investimentos voltem", disse após o debate.
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