Ricardo Setti
O ministro Gilberto Carvalho, uma das estrelas do lulalato, teria admitido a seu então colega de governo Romeu Tuma Junior, secretário Nacional de Justiça, que, quando trabalhava com o prefeito petista de Santo André, Celso Daniel – assassinado em janeiro de 2002 -, levava e entregava pessoalmente dinheiro ilegal proveniente de propinas de empresários ao futuro chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, para fazer frente a despesas eleitorais do PT.
Romeu Tuma Junior conta o episódio eu seu livro best-seller Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado(Topbooks; 557 páginas; 69,90 reais).
Pois bem, mal lançado o livro, o atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, anunciou que iria processar criminalmente o delegado, atualmente aposentado da Polícia Civil de São Paulo e sócio de um escritório de advocacia.
O anúncio foi feito pelo ministro no dia 9 DE DEZEMBRO DE 2013.
Já faz, portanto, 88 DIAS que anunciou o processo. E, até agora, NADA.
O delegado Tuma Junior já declarou, publicamente – inclusive em recente participação no programa Roda Viva, da TV Cultura - que se dispõe a fazer em juízo a “exceção da verdade” (ou seja, provar o que diz), ou submeter-se a uma acareação com quem quer que seja.
Por que será que ao ministro Gilberto Carvalho falta tanta pressa em defender sua honra?
O que teme “Gilbertinho”?
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