A reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo (29) repercutiu na sessão desta terça-feira (01) na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Ao falar sobre a matéria que expôs nacionalmente as denúncias contra o Poder Legislativo, Judson Cabral (PT) disse que as coisas poderiam não chegar a esse ponto caso a Mesa Diretora tivesse agido com transparência ou seus pares tivessem aprovado a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias.Por Vanessa Alencar
Em aparte, Jeferson Morais (DEM) classificou como “absurdo” o pagamento do Bolsa Família para servidores da Casa, como denunciou a reportagem, e cobrou que a Mesa Diretora identifique e puna os funcionários que recebem irregularmente o benefício social. “Isso revela que não há controle por parte do Governo Federal em relação ao programa”, frisou.
Judson Cabral respondeu que a responsabilidade pelo controle do programa social era das secretarias municipais e destacou que o problema do Poder Legislativo alagoano era muito maior que o recebimento do Bolsa Família por parte de alguns servidores: “Esse fato se torna menor diante do estado de coisas que vivemos, onde vemos a Assembleia financiando pessoas com salários exorbitantes”.
O petista anunciou ainda que apresentou requerimento à Mesa Diretora solicitando respostas a vários questionamentos, a exemplo do número de cargos comissionados e do valor pago em gratificações a cada um deles. “É importante termos esses dados, até para avaliarmos melhor o Orçamento para 2014”, frisou. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) apresentado pelo Poder Executivo estima um reajuste de 5,85% no duodécimo do Poder Legislativo.
Ao deixar o plenário após o término da sessão ordinária, o presidente da ALE, Fernando Toledo (PSDB), não quis comentar a repercussão da reportagem com a imprensa local.
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