sexta-feira, 4 de outubro de 2013

JB NA HISTÓRIA

4 de outubro de 1965 – Multidão recebe JK na volta do exílio

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Dez anos após ter sido eleito à Presidência da República e um ano depois de ter ido para o exílio na França, JK retornou em definitivo ao Brasil, após 16 meses fora do país. Protegido por contingentes da Aeronáutica e por elementos do Departamento Federal de Segurança, Juscelino Kubitschek desceu na manhã do dia 4 no aeroporto do Galeão, depois de um exílio voluntário de 16 meses. Cerca de cinco mil pessoas, entre estudantes, militares e políticos, esperavam o desembarque do ex-presidente, na Ilha do Governador.

- Neste instante, não tenho expressões para demonstrar minha satisfação pelo regresso. Diante de tão apoteótica e carinhosa recepção, tenho que agradecer a Deus essa oportunidade – declarou JK à imprensa.

Assim que deixou o aeroporto, JK foi prestar depoimento numa delegacia de polícia, como mandava a praxe, mas depois de horas de interrogatório foi liberado. Nesta época, a imagem do ex-governante ainda estava um pouco prejudicada devido a denúncias de corrupção por parte do Exército, que impugnara seu mandato como Senador de Goiás em 64.

No dia em que JK colocava os pés no Rio de Janeiro, eleições que decidiriam o futuro governante do Rio de Janeiro estavam acontecendo. Parte dos um milhão e 380 mil eleitores cariocas elegeria Negrão de Lima como líder do estado, com mandato terminando apenas em 1970. Negrão, simpatizante de JK, também esteve presente na recepção calorosa do ex-presidente, no Galeão, naquela manhã.

Dois anos depois de ter regressado ao país, JK tentou organizar a Frente Ampla, de oposição ao regime militar, junto com Jango e o controverso Carlos Lacerda. Também tentou voltar à vida pública, mas a propaganda contrária a sua candidatura movida pelos militares, acusando-o de corrupto, fizeram com que ele jamais conseguisse ser eleito para qualquer cargo do Executivo. Em 76, o simpático Presidente em cujo governo se deu a construção de Brasília, morreria em um acidente de carro.

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