quinta-feira, 18 de julho de 2013

À imprensa alemã, Blatter diz que Fifa pode ter errado ao escolher Brasil Dirigente admite que manifestações populares são problema para 2014. G1

Os protestos populares durante a Copa das Confederações deixaram uma dúvida na cabeça dos dirigentes da Fifa: em entrevista divulgada pela agência alemã DPA, e reproduzida pela americana AP, nesta quarta-feira, o presidente Joseph Blatter afirmou que a entidade pode ter errado na escolha do Brasil como anfitrião da Copa do Mundo de 2014 caso as manifestações se repitam no ano que vem.
- Se isto acontecer outra vez temos de colocar em questão se fizemos a decisão errada na escolha da sede. O governo brasileiro está consciente que o Mundial não poderá ser conturbado - disse o suíço, segundo a nota divulgada pela AP à imprensa.
Em contato com o GLOBOESPORTE.COM, a Fifa divulgou o que seria a resposta completa de Blatter sobre o tema:
- Se isto acontecer outra vez em 2014, então talvez nós tenhamos que nos questionar se tomamos a decisão errada de entregar ao Brasil o direito de ser sede. Porém, isso não acontecerá. Eu estou confiante que o Brasil vai entregar uma grande Copa do Mundo. É o lugar certo para estar. Porém, eu vou discutir esse e outros assuntos com a presidente Dilma Rousseff em setembro.
Dilma, Brasil e Japão (Foto: Agência Reuters)Blatter acompanha abertura da Copa das Confederações ao lado de Dilma, em Brasília (Foto: Reuters)
Em junho, algumas manifestações aconteceram ao redor de estádios em dia de jogos do torneio. Na partida de abertura, por exemplo, o conflito entre policiais e manifestantes chegou bem perto do portão de entrada do estádio Mané Garrincha, onde Dilma e Blatter assistiram juntos à vitória da Seleção por 3 a 0 sobre o Japão (os dois chegaram a ser vaiados pelo público).
O Ministério do Esporte respondeu, em nota, à declaração de Blatter nesta quarta:
- O sucesso da Copa das Confederações comprova o acerto da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo. Quanto às manifestações, o Brasil é um país democrático, que garante aos seus cidadãos plena liberdade de expressão

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