quarta-feira, 12 de junho de 2013

Após mudança, prostitutas exigem que Ministério da Saúde tire campanha do ar - Sul 21




Mulheres que participaram da elaboração da campanha de prevenção de Aids do Ministério da Saúde alegam que vetos promovidos tornaram a ação “higienizada e descontextualizada”. A campanha foi vetada após seu lançamento e modificada pelo governo federal. Nesta terça-feira (11), as prostitutas que colaboraram enviaram notificação extrajudicial ao Ministério da Saúde revogando a autorização de uso de imagem e exigindo a imediata suspensão das peças em que aparecem.
De acordo com elas, houve uma “radical mudança” na campanha, que deixou de privilegiar “o enfrentamento do estigma e preconceitos como estratégia de prevenção às DST e Aids” para ter foco apenas no incentivo ao uso da camisinha.
O governo retirou do ar peças que tratam de felicidade (“sou feliz sendo prostituta”, por Nilce Machado), de cidadania (“o sonho maior é que a sociedade nos veja como cidadãs”, com Nanci Feijó) e da luta contra a violência (“não aceitar as pessoas da forma que elas são é uma violência”, de Jesus), deixando apenas as que associam prevenção com camisinha.

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