Bárbara Regina desapareceu no dia 1º de setembro após sair de boate
As investigações da morte da estudante Bárbara Regina apresentaram uma reviravolta nos últimos dias. A Polícia Civil constatou que Vanessa Ingrid da Luz Souza, de 20 anos, a principal suspeita na morte de Franciellen Rocha, de 18 anos, também é acusada de ter participação no assassinato da jovem, vista pela última vez com vida no dia 1º de setembro em uma casa de show de Maceió.
A Polícia Civil chegou a concluir o inquérito do caso ainda em outubro do ano passado, mas o principal acusado à época, Otávio Cardoso da Silva Neto, de 25 anos, continuava foragido. Até então, apenas Moab Balbino, de 22 anos, havia sido preso. No relatório enviado à Justiça pelo delegado Antônio Nunes, presidente do inquérito policial, Otávio foi acusado de homicídio qualificado, enquanto Moab foi apontado como responsável por ocultação de cadáver.
Segundo uma testemunha que não teve sua identidade revelada, Otávio teria assumido para amigos ter matado a jovem porque ela se negou a ter relações sexuais com ele. O acusado, inclusive, segundo a PC, já tem passagem pela polícia por ter tentado assassinar o próprio pai.
No entanto, nesta quinta-feira (25), em coletiva, a Polícia Civil revelou outra versão para o caso. De acordo com a PC, as informações foram colhidas através do depoimento de Tiago Handerson de Oliveira Santos, que é primo de Vanessa. E ele, que tem sido réu colaborador desde que foi ameaçado pela prima, disse ao delegado que a acusada o relatou como tudo aconteceu.
Detalhes do crime
Segundo o primo da acusada, que também esteve na coletiva, Vanessa disse que Bárbara era uma das garotas de programa de seu site e recebia R$ 250 por programa. Tiago observou que a jovem passou cerca de um ano trabalhando para sua prima, mas depois disso, já viciada em cocaína, começou a atrasar os encontros e contrair dívidas com Vanessa.
De acordo com ele, a acusada ficou muito irritada com a atitude da estudante, que não estaria mais repassando sua parte, que era de R$ 150 por programa, e ainda teria dado calote após pedir um empréstimo de R$ 1.800. Com isso, montou um esquema e fez Bárbara pensar que era mais um programa.
Segundo Tiago, Otávio Cardoso foi contratado por R$ 1 mil em cocaína e, na casa de show, ele e Bárbara chegaram a cheirar certa quantidade do pó. Na saída, Vanessa e Ninho já esperavam dentro de um carro e a levaram para uma fazenda em Messias, local escolhido para a morte da jovem. No entanto, eles acabaram mudando de ideia por achar que a polícia encontraria o corpo e foram para Rio Largo, onde esquartejaram a estudante e depois a queimaram antes de enterrar seus restos mortais em local não especificado na Mata do Rolo.
Com esses detalhes, repassados pelo primo e confidente de Vanessa, o delegado Antônio Nunes revelou que o caso está esclarecido e Vanessa e Ninho já foram indiciados. No entanto, segundo a própria polícia, havia outra pessoa no interior do veículo estacionado próximo à casa de show e ela ainda não foi identificada. Ninho e Otávio continuam foragidos
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