terça-feira, 21 de agosto de 2012

JB NA HISTÓRIA


21 de agosto de 1940: Crime cala revolucionário. O assassinato de Leon Trotsky

Após ter escapado de diversas tentativas de assassinato ordenadas pelo homem mais poderoso da União Soviética, Josef Stalin, um dos maiores líderes da Revolução Russa (1917), Leon Trotsky, não resistiu à armadilha preparada pelo agente stalinista Ramón Mercader e morreu após levar um golpe de picareta no crânio.

Seis meses antes da morte de Trotsky, o comunista espanhol Mercader, enviado pelo GPU (Diretório Político Unificado do Estado soviético), começou a aproximar-se do ex-líder russo, exilado no México havia quatro anos. Usando um nome falso, Mercader se passou por um trotskista que tentava implantar mudanças comunistas na França, ganhando, em pouco tempo, a confiança de Trotsky e seus companheiros.

No dia 20 de agosto, o agente de Stalin foi à casa de seu alvo com o pretexto de mostrar um artigo a seu suposto ídolo revolucionário. Além do texto, o assassino levava consigo uma picareta e uma pistola, escondidas sob a jaqueta, à residência bem conhecida na Cidade do México. Segundo Mercader, ele esperou Trotsky distrair-se com as palavras do texto para aplicar-lhe o golpe fatal. O fundador do Exército Vermelho, no entanto, não faleceu de imediato, como seu assassino previra: ensangüentado e à beira da morte, Trotsky teve tempo de impedir seus seguranças – que chegaram ao local do crime após ouvirem gritos – acabarem com a vida de Mercader.

Seus guarda-costas tentaram convencê-lo que o ferimento era superficial, mas Trotsky discordou: “Não, sinto que desta vez eles conseguiram”. E morreu no dia seguinte.

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