ALAGOAS: Quadrilha movimentava R$ 40 milhões com roubo de carga. GAZERAWEB

Suspeito confessa participação em esquema de roubo de carga (Fotos: Janaina Ribeiro)

A desarticulação de uma organização criminosa especializada em assaltos a cargas, receptação de produtos roubados e lavagem de dinheiro comandada por um alagoano que atuava no esquema há pelo menos 10 anos. Esse foi o resultado do trabalho desenvolvido pela Polícia Civil de Alagoas e que, na tarde desta quarta-feira (29), apresentou o suposto líder do bando e mais duas outras pessoas, que também teriam participação no ilícito. O grupo já teria causado prejuízos em torno de R$ 40 milhões e atuava também nos estados de Pernambuco, Bahia e Sergipe.

Polícia Civil aponta dupla como suspeita

Josenildo Balbino de Oliveira, de 43 anos é o homem acusado de liderar a organização criminosa. Ele seria o responsável por agenciar pessoas para praticar os assaltos a caminhões de cargas. “Além de contratar terceiros para roubar, ele também conseguia laranjas para montar empresas fantasmas. Através desses estabelecimentos de fachada os produtos roubados eram vendidos a pessoas físicas e jurídicas. E, como o material vinha junto com as notas fiscais, ainda não podemos dizer se os comerciantes que adquiriam os produtos o faziam com dolo ou, se compravam acreditando que a mercadoria, de fato, era lícita”, explicou a delegada Ana Luíza Nogueira, coordenadora da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da Polícia Civil.

Carimbos falsificados da Sefaz

Segundo ela, o bando agia em Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia. “Só aqui no Estado já existem processos contra ele nas cidades de Maceió, Arapiraca, São Miguel dos Campos e Teotonio Vilela. Em Pernambuco têm dois, um em Sergipe e mais três na Bahia. O Josenildo era procurado no Nordeste inteiro e várias delegacias de Roubos de Cargas estavam o procurando, com mandados de prisão em aberto”, garantiu a autoridade policial. 

“Um dos maiores prejuízos causados pela quadrilha foi contra a transportadora Rapidão Cometa. Foram mais de R$ 20 milhões em apenas dois anos”, informou o delegado-geral da Polícia Civil Paulo Cerqueira.