quarta-feira, 27 de junho de 2012

UM TEXTO DE ALBERTO ROSTAND


TIPOS DE VIOLÊNCIA
ALBERTO ROSTAND LANVERLY
Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e da Academia Maceioense de Letras.



As pessoas buscam conviver, cada uma a seu modo, com os fatos que regem o cotidiano do mundo moderno, sabendo ser, ele próprio, nada mais que um sobrevivente dos efeitos da violência reinante em todas as partes, ditando, não somente as regras, mas, principalmente amedrontando até os que fazem da maldade seu estilo de vida.
Antigamente, a “violência” era restrita às guerras de família ou de nações, onde milhares de pessoas morriam, a golpes de armas diversas. Mas, para que tal fato ocorresse, a vítima tinha que “estar lá” no “olho do furacão”. Hoje, ao contrário, o campo de batalha pode ser a porta de uma igreja, quando, “um flanelinha” mal cheiroso a “álcool”, exige dez reais “adiantados”, para que se possa estacionar o veiculo em via pública.
Outrora, os “gladiadores” eram decapitados ou serviam de alimento para animais ferozes, desde que estivessem dentro da arena. Nos dias atuais não se pode caminhar despreocupado, devido à eminência de uma agressão que pode ser em forma de assalto, atropelamento ou bala perdida.
Hitler escolheu um povo, para dizimá-lo. Hoje, um “veículo bomba” varre da terra, centenas de pessoas inocentes que são trucidadas, de uma só vez, sem nem ao menos saberem o porque de estarem sendo sacrificados. Atualmente, cada cidadão, medianamente inteligente, é “assassinado” aos poucos, com a bandalheira descontrolada que engessa a nação e que tem origem nos donatários “exponenciais” do poder, pois, nada violenta mais um “ser pensante” do que presenciar a “impunidade” desmedida que fortalece a corrupção.
Duzentos anos atrás, Dom João VI proibia que outros seres pensantes, que não os “portugueses”, soubessem ler e escrever. Em pleno Século XXI, os que ocupam o “trono brasileiro” pisam, cada vez mais, nas Universidades que representam “a fonte pura do saber”, embora não hesitem em distribuir “graciosamente” setenta reais para cada membro de uma família com até seis integrantes, fortalecendo uma geração de “inoperantes e alienados”, analfabetos que deixarão, como legado, problemas sociais de difícil solução.
O Senado Romano era composto por cem integrantes. Em 2012, os “sucessores” de Pompeu, Otaviano, Julio César e até Brutus, transformaram a categoria política brasileira, em todos os níveis e com raras exceções, em um exemplo da “fina flor da traquinagem”, que não hesita em macular a boa fé de uma sociedade.
Certo comandante um dia afirmou que, “em tempos de guerra, sua maior alegria era ouvir balas zumbindo sobre sua cabeça, pois sabia que estava vivo”. Assim, também, cada um de nós, só poderá contar uma história diferente se, a todo instante “ousar”, com pensamentos, hábitos, palavras e valores altruístas, mudar o destino de um Brasil que é, hoje, refém de diferentes tipos de violência, ferindo, tanto, a época em que vivemos.

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