TIPOS
DE VIOLÊNCIA
ALBERTO
ROSTAND LANVERLY
Membro
do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e da Academia Maceioense de
Letras.
As
pessoas buscam conviver, cada uma a seu modo, com os fatos que regem o
cotidiano do mundo moderno, sabendo ser, ele próprio, nada mais que um
sobrevivente dos efeitos da violência reinante em todas as partes, ditando, não
somente as regras, mas, principalmente amedrontando até os que fazem da maldade
seu estilo de vida.
Antigamente,
a “violência” era restrita às guerras de família ou de nações, onde milhares de
pessoas morriam, a golpes de armas diversas. Mas, para que tal fato ocorresse,
a vítima tinha que “estar lá” no “olho do furacão”. Hoje, ao contrário, o campo
de batalha pode ser a porta de uma igreja, quando, “um flanelinha” mal cheiroso
a “álcool”, exige dez reais “adiantados”, para que se possa estacionar o
veiculo em via pública.
Outrora,
os “gladiadores” eram decapitados ou serviam de alimento para animais ferozes,
desde que estivessem dentro da arena. Nos dias atuais não se pode caminhar
despreocupado, devido à eminência de uma agressão que pode ser em forma de
assalto, atropelamento ou bala perdida.
Hitler
escolheu um povo, para dizimá-lo. Hoje, um “veículo bomba” varre da terra,
centenas de pessoas inocentes que são trucidadas, de uma só vez, sem nem ao
menos saberem o porque de estarem sendo sacrificados. Atualmente, cada cidadão,
medianamente inteligente, é “assassinado” aos poucos, com a bandalheira
descontrolada que engessa a nação e que tem origem nos donatários
“exponenciais” do poder, pois, nada violenta mais um “ser pensante” do que
presenciar a “impunidade” desmedida que fortalece a corrupção.
Duzentos
anos atrás, Dom João VI proibia que outros seres pensantes, que não os
“portugueses”, soubessem ler e escrever. Em pleno Século XXI, os que ocupam o
“trono brasileiro” pisam, cada vez mais, nas Universidades que representam “a
fonte pura do saber”, embora não hesitem em distribuir “graciosamente” setenta
reais para cada membro de uma família com até seis integrantes, fortalecendo
uma geração de “inoperantes e alienados”, analfabetos que deixarão, como
legado, problemas sociais de difícil solução.
O
Senado Romano era composto por cem integrantes. Em 2012, os “sucessores” de
Pompeu, Otaviano, Julio César e até Brutus, transformaram a categoria política
brasileira, em todos os níveis e com raras exceções, em um exemplo da “fina
flor da traquinagem”, que não hesita em macular a boa fé de uma sociedade.
Certo
comandante um dia afirmou que, “em tempos de guerra, sua maior alegria era
ouvir balas zumbindo sobre sua cabeça, pois sabia que estava vivo”. Assim,
também, cada um de nós, só poderá contar uma história diferente se, a todo
instante “ousar”, com pensamentos, hábitos, palavras e valores altruístas,
mudar o destino de um Brasil que é, hoje, refém de diferentes tipos de
violência, ferindo, tanto, a época em que vivemos.
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