28 de junho de 1963: Fogo e despero no Edifício Astória
Quatro pessoas mortas, uma das quais completamente carborizada, e outras 30 feridas. Este é o balanço do trágico incêndio que destruiu dois andares do Edifício Astória na Rua Senador Dantas 14, Centro do Rio durante a manhã da sexta-feira. O sinistro começou a partir do curto-circuito do aparelho de ar condicionado de uma das salas empresariais em funcionamento no prédio.
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Segundo testemunhas, ao perceber o início do incêndio, muitas pessoas evacuaram o edifício usando os elevadores e escadas, com aparente calma. Mas em certo momento, a administração ordenou o desligamento dos elevadores e o isolamento dos andares atingidos pelo fogo. Foi quando as pessoas que ainda estavam no local, sentindo-se encurraladas, perderam a serenidade, e passaram a agir por conta própria.
Cenas dramáticas foram registradas durante o trabalho realizado por cerca de 600 bombeiros, dificultado pela falta de alcance dos equipamentos que não chegavam ao foco original do incêndio no 14º andar. Houve a necessidade de improvisar cordas de nylon para resgatar vítimas, duas das quais acabaram despencando por falta de forças para suportar o próprio peso. Em outro momento, motivado pela proeza de um menino que pulou para chegar ao terraço do prédio vizinho, um homem tentou fazer o mesmo, mas sem calcular a distância correta, acabou desequilibrando e caiu de cabeça lá do alto. Teve morte instantânea.
Soldados da Aeronáutica, fuzileiros navais, integrantes da Polícia Feminina e até escoteiros auxiliaram no trabalho de isolamento do local, onde se concenctrou uma multidão comovida que acompanhava a tudo, parecendo não acreditar na tragédia a que assitia.
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