quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Arievaldo Vianna acordacordel@hotmail.com

LEIA AGORA, A COLUNA MALA DA COBRA, NO JORNAL DA BESTA FUBANA, UMA GAZETA DA BIXIGA LIXA:
 
http://www.luizberto.com/coluna/mala-da-cobra-arievaldo-vianna
 
LEIA TAMBÉM... www.acordacordel.blogspot.com
 
 
PELEJA DE PINTO E MILANÊS, UM CLÁSSICO DO CORDEL 


Severino Milanês da Silva


Um dos poetas que eu mais lia e gostava na minha infância era Severino Milanês da Silva. Li a sua célebre peleja com Severino Pinto (totalmente escrita por Milanês), li “O príncipe do Barro Branco“, “Romance das 3 princesas encantadas“, “O príncipe Guidon e o Cisne Branco“, enfim, sempre fui admirador desse vate sertanejo pela riqueza de imagens que utiliza na descrição dos cenários e dos personagens.
Severino Pinto foi um grande repentista, mas não escreveu cordel. Aliás, segundo as pessoas que o conheceram, dizem que ele mal sabia assinar o nome. Jamais escreveu coisa alguma, pois era um amante do improviso. Alguns apologistas dos improviso costumam enaltecer as qualidades do repentista em detrimento do poeta de bancada, ignorando que uma peleja do quilate desta que foi produzida por Milanês, está repleta de grandes momentos poéticos.
Na opinião do pesquisador Roberto Benjamim, Severino Milanês, pernambucano de Bezerros (18 de maio de 1906 – Vitória de Santo Antão, 1956/1967) “tanto era bom no improviso da cantoria, quanto nos romances, e alguns deles ficaram imortalizados na memória popular, visto sua predileção pelas histórias de amor e de príncipes e princesas de reinos imaginários.”
Milanês não era muito cuidadoso com a geografia nem com a história. Vez por outra abusava da “licença poética” na composição de seus romances, que às vezes beiram o surrealismo, mistura gênios e fadas com índios guerreiros e gigantes desaforados que chamam o herói de “cabrinha” e outros xingamentos tipicamente nordestinos no auge da luta. Deve ter sido leitor assíduo do livro “O mártir do Gólgota”, do espanhol Enrique Pérez Scrich, pois freqüentemente fala da Palestina com a mesma graça e beleza… Confesso que quando vi as primeiras fotos da terra de Nosso Senhor Jesus Cristo fiquei deveras decepcionado, pois na descrição de Scrich e Milanês é o cenário mais bonito do mundo:


O Reino do Barro Branco 
É detrás de uma colina
Cercado por quatro rios 
De água potável e fina
Fica nos confins da Ásia
Bem perto da Palestina.
O Príncipe do Barro Branco, por ser um dos clássicos mais procurados da Literatura de Cordel, foi reescrito por Manoel Pereira Sobrinho, para editora Prelúdio, de São Paulo


VER POSTAGEM COMPLETA NO JORNAL DA BESTA FUBANA

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