quarta-feira, 1 de junho de 2011

JB - DIA 1º DE JUNHO NA HISTÓRIA

1º de junho de 1987 - Premier do Líbano, Rashid Karami, é morto em atentado

O assassinato de Rashid Karami. Jornal do Brasil: Terça-feira, 2 de junho de 1987.
Uma bomba colocada em sua maleta matou o primeiro-ministro do Líbano, Rashid Karami, 65 anos, quando viajava num helicóptero do Exército de sua cidade natal, Trípoli, para Beirute. A explosão feriu outros 20 passageiros e abriu um rombo na aeronave, que conseguiu pousar numa base militar.

O corpo de Karami foi transportado para Trípoli numa caravana de 40 carros, precedida por batedores. Ao longo do percurso, pessoas choravam nas ruas. A notícia do assassinato revoltou a população libanesa, que, furiosa, depredou lojas e incendiou carros em forma de protesto. Um desconhecido Exército Secreto Libanês se responsabilizou pelo atentado.

Um mestre na arte da conciliação
Rashid Karami era um mestre da conciliação e isso certamente deve explicar o fato de ter sido nove vezes primeiro-ministro num país tão conflitado.

Rashid nada tinha da tradicional imagem do líder carismático que fascinou multidões. Falava baixo, de maneira monótona, repetindo pacientemente seus pontos de vista. Mas na sua maneira recolhida de ser, era hábil articulador, intransigente defensor da participação dos mulçumanos no governo, lutador pela pacificação nacional e pela integração de libaneses e sírios. Não era isento de senso de humor. Nunca se casou, nem teve filhos.

Rashid nasceu numa região próxima a Trípoli em 30 de dezembro de 1921, herdeiro de uma rica família mulçumana sunita. Seu pai era um líder político e religioso na região. Formou-se em Direito, mas só exerceu a advocacia durante três anos, de 1948 a 1951, quando foi eleito deputado. Em 1955, foi nomeado, pela primeira vez primeiro-ministro, mas ficou pouco no cargo, por desentendimentos com opresidente cristão Camille Chamou. Ao eclodir a guerra civil em 1975 era primeiro-ministro , mais uma vez. E estava outra vez no cargo em abril de 1984, quando formou o atual governo e chefiava a conciliação nacional.

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