A participação de Michel Temer no "Roda Viva", da TV Cultura, na última segunda-feira (14), causou revolta entre críticos ao presidente e deixou "desconfortável" o dono da trilha de abertura que dá nome ao programa, Chico Buarque. O cantor apoia o movimento lançado nesta semana pelo site "Jornalistas Livres" contra o uso da música na atração.
"Chico tem simpatia pela campanha, mas ele deu autorização para o uso da canção no programa e vale o que está escrito", informou a assessoria de imprensa do cantor, que afirmou estar estudando se o documento que libera o uso da canção lançada em 1967 para o programa de entrevistas da Cultura tem prazo de validade.
"É possível que não [tenha] prazo pré-determinado, Chico vai esperar que a produção do programa peça a renovação e aí vai pensar o que fazer", disse a assessoria. O músico, afirma a mensagem, está desconfortável com o uso da música no "Roda Viva".
"Que ele tem um certo desconforto de ver a música dele em um programa que, nas últimas edições e já há algum tempo, é bastante diferente e desvirtuado do programa original, ele sente."
Temer foi entrevistado no Palácio da Alvorada por Willian Corrêa (coordenador geral de jornalismo da Cultura), João Caminoto (diretor de jornalismo do Grupo Estado), Sérgio Dávila (editor executivo da "Folha de S.Paulo"), Eliane Cantanhêde (colunista de "O Estado de S. Paulo") e Ricardo Noblat (colunista de "O Globo"). Na internet, surgiram memes ironizando a entrevista, que teria adotado um tom ameno com o presidente.
A TV Cultura informa que não foi procurada por Chico Buarque para discutir o uso de "Roda Viva" no programa de entrevistas.
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