sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Cabral tem café com leite e pão na manteiga na 1ª manhã em presídio Ex-governador ficou em cela de nove metros quadrados em Bangu. Detentos começam a receber visita a partir das 8h desta sexta (18).. g1

O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso nesta quinta-feira (17) pela Polícia Federal, passou a noite em uma cela de nove metros quadrados no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.

Acostumado a refeições de luxo, na manhã desta sexta (18) ele terá para o café da manhã um pão na manteiga e café com leite, o mesmo cardápio dos outros detentos.

Nesta sexta é dia de visita no complexo de presídios e os parentes dos presos já aguardavam na entrada do local por volta das 6h50 para esperar pela visita que começa por volta das 8h.

No almoço e no jantar, o cardápio é composto por:  arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco. Já o lanche é um guaraná e pão com manteiga ou bolo.

Cabral foi preso por suspeita de desvios em obras do governo estadual feitas com recursos federais. De acordo com a denúncia, ele recebia "mesadas" entre R$ 200 mil e R$ 500 mil de empreiteiras, segundo procuradores das forças-tarefa da Lava Jato do Rio e no Paraná.
Além do ex-governador, outras nove pessoas foram presas na Operação Calicute. O prejuízo é estimado em mais de R$ 220 milhões. As principais obras fraudadas foram o Arco Metropolitano, a reforma do Maracanã e o PAC das Favelas.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Cabral chefiava a organização criminosa e chegou a receber R$ 2,7 milhões em espécie da empreiteira Andrade Gutierrez, por contrato em obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

O esquema também envolvia lavagem de dinheiro por meio de contratos falsos com consultorias e por meio da compra de bens de luxo.

O procurador disse ainda que a propina exigida pelo ex-governador era de 5% por obra, mais 1% da chamada "taxa de oxigênio", que ia para a secretaria de Obras do governo, então comandada por Hudson Braga. Segundo o procurador, os pagamentos de mesada a Cabral ocorreram entre 2007 e 2014.
O esquema, aponta a investigação, também envolvia lavagem de dinheiro por meio de contratos falsos com consultorias e compra de bens de luxo, que incluíam vestidos de festa, joias e uma lancha avaliada em R$ 5 milhões, e até cachorros-quentes de uma festa de aniversário do filho do político.

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