NADA COMO O LEITE DA MULHER AMADA
Por: » RONALD MENDONÇA – médico e membro da AAL.
Esta semana, um primoroso texto do publicitário Aloísio Alves brindou os
leitores da Gazeta de Alagoas. Abro parêntesis para dizer que se aproxima a data comemorativa dos 80 anos desse diário que faz parte da vida dos alagoanos. Era garoto de menos de 10 anos quando Arnon de Mello adquiriu essa marca. Por que não dizer? Órgão fundado pelo pernambucano Luiz Silveira (irmão do Major Bonifácio e tio de Nise da Silveira), vivia os estertores. Míseros duzentos números eram a tiragem do jornal.
Minha geração cresceu lendo a Gazeta e o Jornal de Alagoas. Pouco e pouco, às vezes aos saltos, o diário comandado por Arnon de Mello ocupou merecido espaço no conceito popular, com competência e, sobretudo, credibilidade. Não se faz um grande jornal sem essas características. Como parte dos parêntesis, ainda hoje, quando tento rabiscar alguma coisa, lembro as crônicas dos eminentes Paulo Silveira, Zadir Cassela, dentre outros.
Como queria dizer, o publicitário Aloísio Alves pertence a essa nova geração de articulistas e colaboradores que, junto a Lysette Lyra, Milton Hênio, José Medeiros, o saudoso Fernando Iório, Paschoal Savastano, José Maurício Breda,
Dom Edvaldo, Oduvaldo Perciano, Carlito Lima, Eduardo Bonfim e tantos outros, contribuem para consagrar as divergências, única via de uma verdadeira democracia.
Como queria dizer, Alves, em insuperável texto, discorreu sobre a situação dos doentes mentais e seus familiares. Como corolário, expôs sucintamente a penúria dos hospitais psiquiátricos. São cem mil leitos fechados na área! Deus do céu! Que tempos são esses? A indiferença dos poderes lembra a famosa sentença do neurologista francês P. Charcot: “Cést la belle indiference”. Parodio Ladame e digo: a bela indiferença passou dos doentes para os gestores. Com efeito, a contracultura chegou a um tal ponto que um doente mental comete um crime bárbaro e a culpa recai sobre o antipsicótico, o medicamento, que o desgraçado vinha usando (e, recalcitrante, deixou de usar).
Sem nenhuma mágoa ou sentimento menor de desforra, recordo que participei de uma reunião (“Audiência Pública”) na Câmara de Vereadores de Maceió,
em 2000. Uma nojeira. Era tudo carta marcada. O próprio vereador que organizou o evento padecia de incontida parcialidade. Num dado momento, uma jovempsicóloga, ou assistente social, “brilhou” ao afirmar que conhecia “um caso” de um psicótico que havia sido tratado com êxito num hospital geral. O melhor de tudo: só com carinho.
Como queria dizer, o publicitário Aloísio Alves pertence a essa nova geração de articulistas e colaboradores que, junto a Lysette Lyra, Milton Hênio, José Medeiros, o saudoso Fernando Iório, Paschoal Savastano, José Maurício Breda,
Dom Edvaldo, Oduvaldo Perciano, Carlito Lima, Eduardo Bonfim e tantos outros, contribuem para consagrar as divergências, única via de uma verdadeira democracia.
Sem nenhuma mágoa ou sentimento menor de desforra, recordo que participei de uma reunião (“Audiência Pública”) na Câmara de Vereadores de Maceió,
em 2000. Uma nojeira. Era tudo carta marcada. O próprio vereador que organizou o evento padecia de incontida parcialidade. Num dado momento, uma jovem
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