A partir desta quarta-feira (20), a venda de crack está proibida na Favela do Jacarezinho, no Jacaré, subúrbio do Rio, considerada a maior cracolândia da cidade. A ordem é dos próprios traficantes e está estampada em vários cartazes que foram afixados na comunidade, como registrou o movimento Rio de Paz.
A proibição se estende às comunidades vizinhas do Mandela e de Manguinhos, seguindo orientação dos chefes do tráfico. O presidente do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, disse que recebeu informações de que os viciados estariam criando muitos problemas dentro das favelas, devido ao alto poder alucinógeno e destrutivo da droga.
Fontes da polícia informaram que há também uma preocupação dos criminosos quanto à possibilidade de ocupação da área pela Força de Segurança Nacional, como aconteceu no Morro Santo Amaro, no Catete.
Considerado o maior ponto de vendas de crack na Zona Sul, o Santo Amaro foi ocupado em 18 de maio dentro do projeto "Crack, é possível vencer", do governo federal, até a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse na terça-feira (19), que o Jacarezinho está nos planos de ocupação. "A gente tem uma proposta de pacificação dessas áreas. Uma proposta de evolução desses territórios e nós vamos chegar lá. Vamos fazer isso lá", afirmou o secretário.
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