sábado, 13 de agosto de 2011

UM TEXTO DE RONALD MENDONÇA


A infância é curta e fugidia a memória

Ronald Mendonça
médico

Na semana passada, singelo artigo comentando o novo livro de poesias da Gisélia Campos teve inesperada repercussão. No texto, puxando pela memória,  fiz referências a várias famílias e pessoas de Bebedouro que foram fluindo nas lembranças, segundo meu modus de escrever. Omiti muita gente.
Jamais poderia ter esquecido da família Argolo. As brilhantes meninas Argolo (Norma e Marlene) tiveram uma participação muito ativa na vida do bairro.
Os Alves, do Pedrão Alves, eram figuras  conhecidas e respeitadas. Tinham estreito relacionamento com o meu saudoso pai. Aliás, durante anos, meu pai foi a nesga de esperança de saúde para boa parte da população bebedourense, sobretudo para os mais necessitados.
Vizinho aos Alves, moravam seu Belmiro/esposa  (pai do arquiteto Humberto Meninão),  o vereador e comerciante Zeca Ferrari e a distinta esposa Dolores - professora de francês.
Despertei ira nos céus ao elidir o Padre Pinho, cuja obra está imortalizada em Juvenópolis.
Os Saraiva e os Campos moravam na mesma rua. As duas famílias  se integraram e os descendentes são pessoas influentes na comunidade. Lembro do Major Saraiva e de suas temíveis seriemas, aves indóceis que me botavam para correr.
Freqüentei a casa do Seu Zé Ovídio e dona Isaura, avós do Geoberto, Geodete, Georgina e George, onde, entre cajaranas e caranguejos,  havia um campinho de futebol. Nos dias de chuva, a alternativa era enfrentar o imbatível Geoberto no futebol de botão.
Relembro os Pimentel e suas filhas Norma e Kátia, viúva do conselheiro Assunção; os Rijo e  os amigos Luiz, Toinho e Diva. Os Nunes: Péricles, Paulo Picolé, Elusa, Elba, Lindô e o Naite, companheiro de rachas e farras.
Havia os tipos folclóricos: o gigante  Domingão, o pescador amputado Caiçara, a iracunda Isaura “Cotoco” e o carroceiro Zé “Maleta”, cujo dorso exibia imensa corcova.
De fato, foi um absurdo escrever sobre os moradores de Bebedouro e não citar seu Antonio Viveiros, seu Genésio Carnaúba, o sacristão Argemiro,  seu Crispim e dona Júlia (mãe do padre Fernando), seu Audálio e o casal Antonio Leite/dona Sinhá, esses últimos descendentes do pioneiro Jacintho Leite. Seu Góis, marido de minha avó Moreninha, era outra referência do bairro
Desta vez, não vou esquecer do Hilton Paulo, do José Renaldo, do Luna, do Joãozinho Freitas Neto, do Galego Boca-de-Chuteira, da Geodete, da Salete, Edinha, Valdir, Gedalva, Gedinete, Cidoca, Marli, Talma, Divaci Fragoso, Cisili, Gilson, Maurício, Otávalo...

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