domingo, 13 de outubro de 2019

OPINÃO DE MARCO FELÍCIO


ESCRAVOS, SE CURVEM AOS PODEROSOS
General Marco Felicio
Até então, imaginava-se que o sanguinário ditador da Venezuela, Maduro, cairia, rapidamente, apenas pelas ameaças e pressões diplomáticas e econômicas dos Estados Unidos (EEUU), apoiados por um grupo de países latino-americanos, entre eles o fronteiriço Brasil.
Entretanto, tais pressões e ameaças foram neutralizadas por Maduro que, diante de crítica situação política, econômica, social e militar, se mostrou bastante esperto, aproveitando a falta de unidade dos seus oponentes e do receio dos mesmos de uma conflagração armada de vulto, incluindo forças nuclearizadas.

Sua ação diplomática conseguiu reunir o apoio da Rússia, da China, da Coréia do Norte e, também, de Cuba e do Irã , todos eles antagônicos ao EEUU, controlando com mão de ferro a situação interna.
Há que ressaltar que, após a década de 80, as FFAA\EEUU bem como outras tantas, elegeram em seus planejamentos estratégicos, como a pior das ameaças, em face de um mundo cada vez mais violento e nuclearizado, a “INCERTEZA”. Prepararam suas FFAA para tal ameaça.
Aqui, passivamente, dormiu-se em berço esplendido, embalados num pacifismo inexistente e na ausência de inimigos em nossas fronteiras. Como se não existisse um outro mundo muito maior e com conflitos diversos, pleno de incertezas.
Infelizmente, no caso presente venezuelano, a Nação brasileira renunciou a sua natural liderança, incluso a militar, no Continente Sul-americano, pela falta de visão geo-estratégica e geopolítica de todos os presidentes da malsinada “Nova República”.
Há que destacar os criminosos governos Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma que fizeram questão de dizer que não tínhamos inimigos e, até mesmo, de que não havia necessidade de Forças Armadas.
Collor paralisou o programa nuclear. FHC colocou “a pão e água” as FFAA e assinou tratados que limitaram e limitam, ainda, o desenvolvimento de sistemas de armas, de alta tecnologia, para a defesa do País. Deixou o Brasil sem qualquer possibilidade estratégica de dissuasão, frente às grandes potencias predadoras, como ocorre no momento.
Beócios, ignoraram o Poder Militar respaldando a Diplomacia como deve ocorrer em paises que prezam a soberania da respectivas nações.
A gravidade do conflito atual é grande, o que faz o Almirante norte-americano, Craig Faller, Comandante do US Southern Command (situado ao Sul da America Latina) mostrar-se preocupado com a visita de Maduro a Kim Jong Un, após visita anterior, para negociações, de delegação venezuelana. Maduro informou que, breve, estará selada cooperação militar e econômica entre os dois países.
Afirmou o Almirante Craig que existem, na Venezuela, centenas de mercenários russos, devidamente armados, prontos para a luta armada em apoio a Maduro. Estão, também, em solo venezuelano, aviões bombardeiros com capacidade nuclear e fragatas equipadas com mísseis de cruzeiro, também, nucleares. Confirmou que a guarda presidencial é cubana e há milhares de cubanos, por toda a Venezuela, em postos chaves. Disse que apesar do Presidente Trump ter reconhecido Juan Guaidó como o legítimo Presidente, Maduro continua em seu posto apoiado pela Rússia, Cuba, China, Irã e agora, “parece”, pela Coréia do Norte.
Surpreendentemente, mostrando-se incoerente e, diplomaticamente, tentando diminuir a gravidade do conflito, declarou que “Russia, China e Irã estão presentes na Venezuela trabalhando em defesa de seus interesses de maneira que, a longo prazo, colaborem para a estabilidade da Região.A China tem o objetivo de espalhar sua influência econômica na America Latina e no Mundo.”
Incoerente, pois, os países citados e presentes neste conflito, atualmente, vivem em continuo antagonismo com os EEUU, desenvolvendo forte poderio militar, incluso o nuclear, e estão preparados para qualquer incerteza plena de violência.
Respaldam as suas respectivas diplomacias no poderio acima citado, como agora o fazem nas fronteiras do Brasil, diante da ineficaz e degradante política brasileira softpower bem como de uma impensável, até então, renúncia à hegemonia continental por parte dos EEUU.
Finalmente, arrematou o Almirante, ciente do intocável e enorme poder militar do seu País, que o futuro do Globo depende da maneira como os países de grande poder, como os presentes neste conflito, poderão viver competitivamente, respeitando a Paz! Sem dúvida, fala o Almirante em nome dos donos do Mundo.
Que se curvem os escravos que, irresponsáveis para com as suas respectivas nações, não se preparam para um mundo violento e pleno de incertezas, desprezando o Poder Militar e, consequentemente, o desenvolvimento cientifico-tecnologico na busca de tecnologias de ponta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário