quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Ex-secretário de Renan Filho e Vilela não se apresenta e é considerado foragido Há suspeita da prática de atos de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos

Jardel Aderico faria parte de organização criminosa
FOTO: ARQUIVO
Sobre a Operação Calvário desencadeada nesta quarta-feira (9), que investiga e busca prender o ex-secretário dos governos Téo Vilela (PSDB) e Renan Filho (MDB) Jardel Aderico, o Ministério Público Estadual (MPE) informou que deu apoio às ações que ocorreram em quatro estados. Como não se apresentou, Jardel é considerado foragido. 
"Em Maceió, há ordem para o cumprimento de um mandado de prisão contra o ex-secretário da Secretaria Estadual de Prevenção à Violência (Seprev) Jardel Aderico da Silva. 
Ao todo, estão sendo cumpridos 28 mandados de prisão e de busca e apreensão contra pessoas acusadas de praticar crime de corrupção", informou a assessoria do MPE.
A quinta fase da Operação Calvário foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e a Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (Ccrimp), órgãos do Ministério Público da Paraíba. Também participaram da ação, naquele estado, a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). 
"Aqui em Alagoas, o Gaeco do MPAL, por meio dos promotores Carlos Davi e Hamílton Carneiro, foi até a residência de Jardel Aderico, que foi secretário estadual de Prevenção à Violência até o ano de 2017. Como ele não estava em casa, o Ministério Público está realizando diligências para tentar localizá-lo. Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no imóvel de Jardel e no escritório da empresa J.R. Araújo Desenvolvimento Humano Eireli, cujo nome de fantasia é Editora Inteligência Relacional, com possui bases tanto em Maceió quanto em Ribeirão Preto, e de propriedade do ex-titular da Seprev", informou o MPE.
O esquema de Jardel
De acordo com as investigações do Ministério Público da Paraíba, a organização criminosa (Orcrim) da qual Jardel Aderico faz parte, foi responsável pela prática de atos de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos em contratos firmados com unidades de saúde e educação daquele estado e cujos valores ultrapassam o montante de R$ 1 bilhão. E ela atuou também em outras unidades da federação, a exemplo do estado do Rio de Janeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário