domingo, 6 de outubro de 2019

ADONIS OLIVEIRA - LÍNGUA FERINA - JBF


O MAIOR CONTO DO VIGÁRIO DE TODOS OS TEMPOS

Uma pirâmide financeira é um modelo comercial não sustentável tipo bolha: Cresce até um certo limite e depois explode. É caracterizado como fraude pois sabe-se, de antemão, que apenas alguns se darão bem, cabendo a todos os demais arcarem com imensos prejuízos. O esquema envolve uma remuneração irreal do dinheiro dos investidores, remuneração esta a ser coberta através do recrutamento fraudulento de cada vez mais pessoas iludidas para virem bancar a conta.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a pirâmide financeira é um crime contra a economia popular.
Essas práticas ilusórias são sempre alimentadas pela ganância e ambição desmedida dos seres humanos, tanto dos administradores, como das multidões de incautos que nela investem, sempre em busca de rendimentos irreais.
A realidade nestes esquemas é que um em cada 5 ou 10 ganha muito dinheiro, sempre em prejuízo de todos os demais.
Já existiram muitos casos de pirâmide financeira no mundo, mas, entre eles, dois ficaram marcados na história. São eles: Charles Ponzi e Bernard Madoff.
Charles Ponzi – Foi o precursor das pirâmides financeiras. Criou o chamado “esquema Ponzi”, que é a origem dos esquemas “ganhe dinheiro fácil pela internet”. Nascido em 1882, na Itália, Ponzi imigrou para os Estados Unidos em 1903 e tornou-se um dos maiores trapaceiros da história. Entrou no ramo de empréstimos prometendo juros de 50% em 45 dias ou de 100% em 90 dias. Ele pagava juros elevados aos investidores mais antigos com o dinheiro que ganhava dos novos e ainda usava parte do dinheiro para investir em cupons de selos postais, que eram adquiridos com baixo custo em outros países e revendidos por muito mais nos EUA, o que o ajudava também a pagar os clientes. No entanto, se ele parasse de conseguir novos investidores, sua corrente entrava em colapso na mesma hora. E foi o que efetivamente aconteceu. Em 1920, o jornal Boston Post decidiu investigar o esquema por desconfiar do alto juro pago a tantas pessoas. Quando o especialista contratado pelo jornal descobriu que deveriam existir mais de 160 milhões de cupons em circulação para cumprir as promessas de Ponzi, mas só haviam 27 mil rodando, a notícia se espalhou e todos os seus clientes pediram o dinheiro de volta na mesma hora, o que o levou à prisão por diversas vezes em vários estados do país. Faleceu em 1949, no Brasil, sem nada e na miséria, em um abrigo de indigentes.
Bernard Madoff – Nascido em 1938, em Nova York, Madoff foi o presidente de uma sociedade de investimento, fundada em 1960, que levava o seu nome, e foi uma das mais importantes de Wall Street, sendo uma das cinco que impulsionaram o desenvolvimento do Nasdaq, onde trabalhou também como coordenador-chefe do mercado de valores. Operou um sistema piramidal por décadas que movimentou mais de US$ 65 bilhões. Seus crimes iam desde a pirâmide financeira, inspirada no “esquema Ponzi”, até fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro. Seus crimes não foram descobertos por um jornal, mas por um cidadão chamado Harry Markpolos, que estranhou o esquema conseguir pagar rendimentos tão altos aos seus investidores. Após várias denúncias que não deram em nada e não foram provadas por Harry, os próprios filhos de Madoff o levaram à polícia, pois não aguentavam mais ver seu pai pagar bônus milionários a seus investidores sendo que ele estava com dificuldades em pagar as contas de casa. Em junho de 2009, Madoff foi condenado a 150 anos de prisão em Nova York. Seu filho, Mark Madoff, de 46 anos, se suicidou em 2010, e seu irmão, Peter Madoff, foi condenado no ano passado a 10 anos de prisão por cumplicidade no “esquema Ponzi”.
No Brasil, como não podia deixar de ser, abundaram casos semelhantes desse tipo de esquema. Um dos mais notórios foi o da empresa de anúncios e tecnologia VOIP (telefonia via internet), TelexFree. Após mais de 10 anos em operação, foi denunciada pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, dando início a um emaranhado de processos que se arrastam até hoje. Esta, juntamente com o caso do “Boi Gordo”, foram apenas as mais famosas, embora já tenhamos testemunhado a existência de dezenas semelhantes. As pessoas parecem nunca aprender!
Entre toda a miríade de casos semelhantes, a rainha inconteste dos charlatães, picaretas, trambiqueiros, vigaristas e estelionatários do mundo é, sem a menor sombra de dúvidas, a famigerada Previdência Social do Brasil. Diante do volume de dinheiro que migrou fraudulentamente de mãos por conta dessa picaretagem monumental, os 65 Bilhões de dólares de Madoff se tornam mera gorjeta. Este conto do vigário se destaca por ser patrocinado pelo nosso Governo Federal, mesmo isto sendo claramente um crime; e por ter tornado obrigatória a participação de todos aqueles que trabalham no Brasil, mesmo indo frontalmente contra uma das disposições claras da Constituição Federal de 1988.
Art.5º Alínea XX–ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
PREVIDÊNCIA SOCIAL – Nunca tantos foram tão roubados por tão poucos e por tanto tempo!
Nossa (In)Previdência Social é o maior caso de Pirâmide Financeira que se conhece no mundo e em todos os tempos. Para aqueles que eventualmente discordarem desta minha assertiva, vamos aos detalhes:
1. Os pagamentos dos que estão usufruindo são pagos com as contribuições dos que estão entrando.
2. É necessária a entrada constante de novos adeptos a fim de pagar os benefícios dos antigos.
3. Uma pequena minoria se dá muito bem, com bônus milionários, enquanto a maioria fica a ver navios.
4. Não Sustentável – Os rombos Bilionários se acumulam, sendo sempre tapados com recursos dos impostos.
5. Quem está começando, e não é otário, foge dessa pirâmide como o diabo da cruz.
Observem que os brasileiros podem ser analfabetos e ignorantes, mas não são burros. Enquanto o número dos otários que são depenados por esse esquema piramidal diminuiu mais de 10% nos últimos anos, explodiu a quantidade dos que trabalham na informalidade, quantidade que já é maior que os que trabalham dentro da formalidade. Isso sem falar na multidão de mais de 12 milhões de desempregados.
Dos 80 milhões de trabalhadores, só 33 milhões participam do esquema. Destes, um milhão ou dois são os nababos do serviço público. É uma parceria CARACU. Os marajás entram com a cara e a população entra com o resto. Se este país tivesse um mínimo de decência, esta imensa máquina de arrancar dinheiro dos trabalhadores, para dar a alguns privilegiados, seria sumariamente extinta. Para disfarçar a imensa roubalheira “legal”, distribuem benefícios a pobres miseráveis, que nunca contribuíram com nada, misturando assim PREVIDÊNCIA (Poupança) com ESMOLAS. Fazer caridade com o dinheiro dos outros é muito fácil!

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