segunda-feira, 2 de setembro de 2019

AMAZÔNIA CRISE, OPORTUNIDADE E AÇÃO Gen Marco Antonio Felicio da Silva

Esse é meu terceiro artigo sobre a atual crise amazônica. Serei repetitivo em certos aspectos para permitir, aos que não leram os textos anteriores, melhor compreensão do que agora apresento e sugiro.
No decorrer de cursos sobre "Gerenciamento da Excelência”, aprendi que a melhor visão de crise é a que identifica erros e acertos, fatores favoráveis e desfavoráveis, bem como tendências que levem à construção de cenários futuros, mais ou menos prováveis de ocorrer ao longo do tempo.
Assim, transformamos a crise em oportunidade de desenvolvimento e de crescimento, escolhendo o cenário mais provável, minimizando erros e maximizando acertos para atingir as metas estratégicas
preestabelecidas.
Qual o motivo de não fazê-lo na atual crise
amazônica, buscando-se metas e ações estratégicas para sua total integração ao País, pois, ainda com vazios demográficos e dificuldades de mobilidade? Ou quanto a sua defesa, diante de incertezas e de ameaças estrangeiras, apesar da descrença de muitos que as julgam fantasia?
Por que não fazê-lo, reconhecendo a cobiça, estrangeira, de suas riquezas e as intenções de invadi-la e ocupá-la, desde 1850, apresentando-se como razão, para tal, a incapacidade dos brasileiros de preservá-la como um patrimônio, não do Brasil, mas da humanidade?
Invasões militares de outros países, com a aprovação da ONU, já foram realizadas, fundamentadas no “direito de ingerência” ou de “proteção”. Tal “direito”, por exemplo, foi respaldo ético e jurídico para as intervenções no Iraque e na antiga Iugoslávia em 1099.
Estamos tratando da maior e mais rica província mineral do mundo com incomparáveis diversidades animal e vegetal. É, também, a maior reserva hídrica em água potável do planeta. Para a respectiva zona de transição cerrado/floresta, ainda poderemos estender as fronteiras agrícola e pecuária, com grandes vantagens comerciais no comércio internacional.
Apesar do atual sistema de proteção ao meio ambiente, temos população que, pobre e sem assistência, usa os recursos da floresta para sobreviver. Nenhuma culpa lhe pode ser imputada. Nao é em verdade ameaca de monta. Segundo dito antigo, mais vale a vida de um brasileiro do que a de uma árvore. Ameaça, ao Brasil,, que está sendo combatida, decorre da omissão e da irresponsabilidade de governos anteriores, da corrupção em órgãos federais, que atuam na área, e do alheamento da Sociedade quanto aos interesses nacionais.
É essa omissão que permitia às centenas de ONGs estrangeiras – algumas assentadas em reservas de minerais estratégicos – controlar indígenas e territorios respectivos, como se fossem nações independentes, encostadas em fronteiras com outros países. Como a "Reserva Raposa Serra do Sol", uma demarcação, irresponsável e ameacadora à soberania nacional.
A ressaltar, na Região, a única presença marcante é a das Forças Armadas, embora diminuta, em pessoal e material, para a extensão territorial existente. Isso constatei, pessoalmente, em missões na Região.
Como exemplo, na área do Bico do Papagaio, na Vila dos Mulatos, a maior autoridade federal presente e conhecida, era um funcionário, da então SUCAM, distribuindo, em meio a miséria generalizada, comprimidos para os doentes de febre amarela.
Sem dúvida, as Forças Armadas(FFAA) são a única Instituição conhecida, presente e atuante em toda a Região.
São Elas, por tal razão, caracteristicas, estrutura em pessoal e material, a Instituição capaz de cumprir, efetivamente, as missões de administrar o respectivo desenvolvimento sustentável e o enfrentamento de ameaças internas e externas.
A atual crise comprova o acima dito, ainda mais que se trata de fenômeno repetitivo, a cada ano, necessitando, para evitá-lo ou aplacá-lo, de uma imensidade de recursos materiais de toda ordem, grande efetivo em pessoal e volumosos recursos financeiros.
Sugiro, em momento de ampla conscientização da populacao brasileira, SMJ, a criação, na Amazônia Legal, de áreas de pacificação – ou coisa que o valha –, tendo cada uma delas, de acordo com as necessidades e as características respectivas, a presença de Força-Tarefa adequada ao cumprimento das missões estabelecidas, entre elas a proteção ao desenvolvimento sustentável e a Defesa Externa.
Esta solução, ao longo do tempo, seria de menor custo e mais efetiva e eficaz.
Lógico que comando, controle e inteligência, meios eletrônicos, aéreos e navais diversos, bem como logística, equipamentos e armamentos próprios para emprego na Região devem ser considerados, como também, outras medidas: integracao às Forças Tarefas de elementos do INPE, IBAMA E DA FUNAI e, sob comando operacional, batalhões de Policia Florestal e efetivos da Policia Federal.
O combate ao descaminho, contrabando, ao trafigo de drogas e de armas estaria, também, entre as missões a cumprir.
A seleção e recrutamento de indios para as FFAA , fortaleceria as unidades das FT e a integração dos mesmos à Sociedade brasileira.
Uma última consideração: quando se fala em Defesa da Amazônia, estamos falando em Soberania Nacional. E não haverá a primeira se não tivermos os meios adequados para a manutenção e o incremento da última.
A enfatizar, os impedimentos existentes, derivados de acordos e tratados, assinados pelos ineptos Collor e FHC, os quais já deveriam estar rompidos, pois, contrários ao interesse nacional, restringindo a capacidade de Defesa Externa do Pais.
A motivar os atuais militares e governo, não esqueçamos que “árdua é a missão, de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados em conquistar e mantê-la. General Rodrigo Otávio Jordão".
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